Muitas vezes vejo gente que sofre sem necessidade e fica rodando num mundo de lamúrias. Até parece não querer a solução, o que lhe apraz seria a compaixão, que de nada adiantará. Em geral essas pessoas jogam a sua felicidade em mãos de outrem, quer dizer, só se sentem felizes ‘por causa’ de alguém. É claro que muitas pessoas contribuem para a nossa felicidade, mas não podemos nos tornar completamente dependentes delas. É preciso que cada um tenha sua vida própria, que busque por si mesmo aquilo que lhe dá alegria e prazer de viver. Se depositar tudo em uma pessoa amada – marido, mulher ou um filho - problemas surgirão. Sufocados, eles tenderão a se rebelar e a pessoa ficará cada vez mais sozinha... Não se pode viver a vida dos outros.

Vida própria não tem nada a ver com egoísmo, é saber preencher sua vida particular, encontrar o caminho para suas realizações ao mesmo tempo em que convive com a família, com os amigos, com os colegas. E compartilhar com eles o seu aprendizado, o seu crescimento e as suas conquistas. Essa troca é que nos fortalece, é ela que nos permite viver em harmonia.

Penso que o broto da felicidade está dentro de cada um de nós e cabe só a nós mesmos fazê-lo desabrochar.