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Medicina e Saúde
27/01/2011 - 15h05
Obesidade é fator de risco para fibromialgia
Márcia Wirth
 

De acordo com os dados colhidos, recentemente, no último Censo, o Brasil, seguido de outros países emergentes, vem liderando o ritmo de crescimento dos índices de sobrepeso e obesidade em todo o mundo. Por aqui, cerca de 50% dos adultos e 30% das crianças e adolescentes encontram-se acima do peso normal.

Nos Estados Unidos, as estatísticas apontam que o número de obesos tende a dobrar nos próximos 25 anos. A obesidade também assombra a Europa. De acordo com o estudo Health at a Glance – Europe 2010, 50% dos adultos e uma em cada sete crianças na Europa são obesas ou têm excesso de peso.

O saldo de todas estas estatísticas é uma conta amarga a ser paga - tanto para os governos, quanto para a sociedade civil - com o alto custo do tratamento das complicações da obesidade.

Obesidade e doenças reumáticas

A fibromialgia é uma síndrome dolorosa crônica, caracterizada por dor generalizada, com duração superior a três meses, em pontos definidos, tais como pescoço, ombros, costas, quadris, braços e pernas. “Os sintomas geralmente associados à doença incluem também fadiga inexplicável, distúrbios do sono, cefaléia, dificuldade cognitiva, distúrbios de humor. A prevalência da fibromialgia aumenta com a idade e é consideravelmente mais elevada entre as mulheres”, explica o reumatologista Sergio Bontempi Lanzotti, diretor do Instituto de Reumatologia e Doenças Osteoarticulares - Iredo (www.iredo.com.br).

Embora a etiologia da fibromialgia ainda não seja completamente compreendida, muitos estudiosos têm sugerido que deficiências no sistema neurológico contribuam para o desenvolvimento da doença, alterando a percepção e a inibição da dor. “Com freqüência, o aparecimento da fibromialgia tem sido associada a eventos estressantes ou traumáticos, como acidentes automobilísticos, lesões por esforços repetitivos. Muitos estudiosos defendem também que genes específicos poderiam estar envolvidos no surgimento da doença, fazendo com que o paciente reaja com veemência a estímulos que outras pessoas não considerariam dolorosos”, diz Lanzotti.

Recentemente, pesquisadores da Universidade Norueguesa de Ciência e Tecnologia concluíram um trabalho, estabelecendo uma relação entre a prática de exercício físico e o risco futuro de desenvolver a fibromialgia.

Durante 11 anos, tempo de duração da pesquisa – que abrange dois estudos populacionais – 15.990 mulheres foram acompanhadas pelos pesquisadores. As que relataram se exercitar quatro vezes por semana apresentaram um risco 29% menor de desenvolver fibromialgia em comparação com as mulheres inativas. Resultados semelhantes foram encontrados na análise da combinação de informações sobre a frequência, a duração e a intensidade dos exercícios. As mulheres que praticavam mais exercícios apresentaram um risco menor de desenvolver a doença em relação às inativas. “O estudo revelou ainda que um IMC alto é um fator de risco forte para o desenvolvimento futuro da doença”, explica o reumatologista.

Embora a relação causal entre obesidade e fibromialgia permaneça desconhecida, existem fatores etiológicos comuns às duas doenças. As pesquisas sugerem que as citocinas pró-inflamatórias desempenham um papel relevante na relação entre fibromialgia e obesidade. Outros estudos apontam que a desregulação do eixo HPA - eixo hipotálamo-pituitária-adrenal - tem sido observado em ambos os casos. O aumento do tônus simpático e a reatividade simpática reduzida, conforme registrado pela variabilidade da freqüência cardíaca, tem sido observado em pacientes com fibromialgia, bem como em indivíduos com sobrepeso e obesidade.

“Diante destas informações, o exercício físico regular, além de melhorar o condicionamento físico do paciente e possibilitar um emagrecimento saudável, pode servir também como ‘um amortecedor’ contra a perpetuação dos sintomas músculo-esqueléticos que, eventualmente, conduzem ao desenvolvimento de fibromialgia”, observa o reumatologista.

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