Essa é uma afirmativa que fazemos e escutamos em quase todos os meios que nos relacionamos. Há diversas coisas que lembramos com satisfação e nos fazem bem, fatos e situações realmente gostosas que marcaram nossas vidas. Mas, tudo muda. O mais espantoso não é apenas a mudança em si, mas a velocidade com que ela acontece e, consequentemente, os efeitos que sofremos para adaptar-nos a uma nova realidade numa rapidez assustadora. Nesta mesma perspectiva de mudança e sua respectiva velocidade, as instituições educacionais também estão inseridas e vêm mudando a cada dia. A mais interessante e importante inovação é a conceitual. Em decorrência deste processo, os conceitos educacionais estão mudando, assim também as estruturas, os instrumentos e ferramentas, o perfil profissional dos educadores e, principalmente, o sentido da educação. Uma comprovação disso é a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional que, desde 1996, vem orientando as organizações educacionais e trazendo inovações interessantes. Nossa LDB é ousada e já trouxe diversas transformações que refletem na sala de aula. Ela trás consigo possibilidades de melhorar a educação com maior autonomia e rapidez, tanto pelas instituições, como pelos educandos, porque o que não veio expresso na lei está implícito no que chamamos "espírito da lei". Temos que admitir que muitas coisas que mudaram são melhores que "no meu tempo". Fechar os olhos a essa nova realidade é impossível. Podemos até resistir ao movimento dessas mutações e continuarmos a reproduzir em sala de aula os antigos modelos de "sucesso" do passado. Os educandos de hoje são muito diferentes dos educandos do passado e aqui não cabe dizer que são melhores ou piores, afinal isso é uma questão de referências e gosto, mas o que é indiscutível é que são diferentes. Portanto, não cabe mais reproduzir a mesma escola. O aluno de hoje tem acesso a informação muitas vezes mais rápido que o professor. Muitas vezes ele é portador da novidade e trás consigo a velocidade que não tínhamos em “nosso tempo”. Isto exige muito mais do professor. O esforço do educador deve ir ao encontro da transformação do processo, o esforço da escola deve ir ao encontro da adequação das estruturas e o esforço do educando e suas respectivas famílias deve ir ao encontro do entendimento, compreensão e motivação da sociedade para gerarmos cidadãos virtuosos, afinal o mesmo meio que facilita a informação e é carregado de possibilidades, apresenta também uma série de distúrbios que impedem a educação de forma mais completa. Em educação percebemos que "no meu tempo era bom", mas atualmente está bem melhor, no mínimo nas possibilidades que se nos apresentam. É fato que toda mudança tem aspectos preocupantes, pois correm o risco de mudarem também os valores e crenças, mas isso é assunto para outra conversa... Nota do Editor: Elimar Melo é coordenador administrativo da Faculdade Arnaldo Janssen (www.faculdadearnaldo.edu.br).
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