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Opinião
10/02/2011 - 17h12
A presença da polícia pacificadora
Dirceu Cardoso Gonçalves
 

Depois de experimentar o caos, resultante de graves equívocos e omissões cometidos por vários dos seus governantes, o Rio de Janeiro retoma o poder em extensas áreas urbanas que durante anos estiveram sob o controle do crime organizado. Na falta presença do Estado, bicheiros, traficantes, milicianos e outros foras-da-lei chegaram, ganharam a simpatia da população e, em seguida, a escravizaram. Famílias foram expulsas de suas casas, jovens obrigados a trabalhar no ilícito e o crime imperou. As quadrilhas tornaram-se tão poderosas que, além de medir forças pelo controle de território, ainda confrontavam abertamente as autoridades e a ordem constituída.

Foi necessário que o governo estadual, responsável pela segurança pública, tomasse a decisão de realmente enfrentar o problema e, além disso, contar com o apoio da União – pelas Forças Armadas, Polícia Federal e Força Nacional de Segurança – para conseguir reaver as áreas conflagradas. E fazê-lo de forma a evitar confrontos cruentos para, principalmente, preservar a vida da população e libertar as pessoas de bem moradoras dessas comunidades. As Unidades de Polícia Pacificadora conseguiram devolver a relativa paz aos bairros invadidos pelos criminosos e, para resolverem o problema, têm de lá permanecer por anos, independente de quem ganhe as próximas eleições. É um trabalho de longo prazo que, para funcionar, tem de se situar acima das paixões e preferências político-partidárias.

Depois do Rio, a Bahia também começa a ocupar, com polícia ao estilo pacificador, as áreas problemáticas de Salvador. Segundo as autoridades, é um trabalho de longo prazo e a ocupação deverá se concretizar ao longo de cinco anos. O exemplo é significativo e, para o bem geral da nação, deveria ser imitado em todo o território brasileiro.

As polícias, utilizadas na repressão quando o crime já ocorreu, também podem (e devem) ser preventivas. Se conseguirem atuar nessa linha, podem evitar muito sofrimento da população. Mas para que isso ocorra, é necessário que as autoridades tenham visão e coragem. É inadmissível que zonas do território sejam dominadas pelo crime, unidades prisionais sejam controladas por facções criminosas e que as indústrias do delito e da contravenção sejam mais fortes que o poder do Estado ou toleradas. As autoridades e o governo têm o dever de combatê-las.

Espera-se que, além do Rio e Bahia, os governadores dos demais Estados também empreguem seus efetivos policiais no rumo da solução e prevenção das ações do tráfico e de toda forma de crime organizado e que, quando a força estadual for insuficiente, possam contar com o apoio federal no mesmo formato que foi fundamental ao trabalho no Rio. Não devem esperar que o problema fique incontrolável para depois agir. Essa postura poderá economizar vidas e muito sofrimento da população...


Nota do Editor: Dirceu Cardoso Gonçalves é tenente da Polícia Militar do Estado de São Paulo e dirigente da ASPOMIL (Associação de Assist. Social dos Policiais Militares de São Paulo).

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