Se tivéssemos o Plano Municipal de Turismo poderíamos ter nele contemplado o tipo de evento que necessitaríamos uma vez que saberíamos quem é o nosso público alvo.

Poderia ali estar a época também que promoveríamos estes eventos, pois teríamos uma agenda a cumprir.

Agora vejam: a ACIU lança uma pesquisa sobre o resultado de uma temporada em pleno começo de janeiro. Ansiedade? Preocupação? Por quê?

Porque não houve planejamento.

O secretário municipal de Turismo faz previsões em cima desta pesquisa, por quê?

Porque não houve planejamento.

E vamos deixar claro, hoje ou temos sol e calor ou não temos nada, pois o nome do nosso turismo já diz “Sol e Praia”.

Dependemos de feriados até mesmo no pico mais alto da nossa temporada o Réveillon.

Vejam o apelo do Sr. Gilmar Aparecido de Carvalho, fazendo uma pré convocação do Conselho Municipal de Turismo:

Conselho Municipal de Turismo (CMT) em 2011

“Por meio desta, venho comunicar aos conselheiros e interessados no desenvolvimento do setor de turismo em Ubatuba, que o CMT local pretende retomar suas atividades já neste mês de fevereiro. Em 2010, o Conselho Municipal de Turismo se encontrou esvaziado e a baixa participação comprometeu o desenvolvimento de atividades inerentes ao grupo.

Durante o ano passado encerrou-se a gestão da última diretoria eleita, que vigorou no biênio 2009/2010. No entanto, a falta de quórum para decisões internas, intensificada pela chegada da temporada de verão, também inviabilizou a realização de novas eleições. O então presidente abdicou de suas funções após o vencimento do mandato em questão e, por indicação dos presentes na última assembléia, eu, Gilmar Aparecido de Carvalho, assumi interinamente a presidência do CMT.”

Participamos deste Conselho em 2006/07, se bem me lembro, e pedimos nosso afastamento como fez seu presidente agora, acho que pelas mesmas razões, ou seja, jamais conseguiremos avançar. Não, enquanto não houver interesse do Executivo desta cidade. Não, enquanto não houver o interesse da Associação Comercial desta Cidade. Não, enquanto na Câmara Municipal vereadores fizerem leis e mais leis sempre pensando numa fatia do eleitorado e nunca de forma técnica para evoluirmos como uma cidade turística. Agora, além do cheiro do óleo 40, sentiremos também o cheiro do “40 dendê”. (Vide pauta da última sessão da Câmara.)

Este Conselho fora criado com o principal objetivo de formatar o PLANO MUNICIPAL DE TURISMO e viabilizar o Fundo Municipal de Turismo. Nele teríamos a regulamentação dos: Meios de Hospedagem, Meios de Transportes Turísticos e Comércio Expansionista.

Enquanto não tivermos um plano, enquanto não houver um planejamento, enquanto não colocarmos no papel, quem é o público alvo do nosso turismo, ficaremos nessas discussões.

Água e óleo não se misturam, ou fazemos um turismo para as Classes B e C, ou fazemos para a classe D. Ou vamos “vender pão com Marba” ou vamos vender “abadejo com alcaparras”.

E daqui a pouco começa a faltar pão, então, “Em casa que não tem pão todo mundo grita, mas ninguém tem razão”.

A situação do turismo de nossa cidade é de penúria.

A nossa esperança permanece, pois existem pessoas como os senhores Carlos (Scene) e Gilmar Aparecido.

Ao Alfredo Corrêa Filho devo lembrar-lhe da sua própria frase, na ocasião da formatação do Conselho: “Vamos fazer de Ubatuba um produto de prateleira das agências e operadoras de turismo”.

...sequer pusemos no papel o Plano para isso.

Fernando Pedreira
marviradosorvete@uol.com.br