ABHH alerta para os riscos da prática e ausência de embasamento científico que comprove sua eficácia
A Associação Brasileira de Hematologia e Hemoterapia (ABHH), frente a inúmeros questionamentos recebidos, tanto por parte de profissionais médicos como não médicos, relacionados à suposta prática hemoterápica denominada "auto-hemoterapia", vem a público esclarecer o que se segue: • A Associação Brasileira de Hematologia e Hemoterapia NÃO RECONHECE do ponto de vista científico o procedimento "auto-hemoterapia"; • Não existe na literatura médica, tanto nacional quanto internacional, qualquer estudo com evidências científicas sobre o referido tema; • Por não existirem informações científicas sobre o referido procedimento, são desconhecidos os possíveis efeitos colaterais e complicações desta prática, podendo colocar em risco a saúde dos pacientes a ela submetidos; • Agrega-se a este parecer, a Resolução do Conselho Federal de Medicina - Resolução CFM nº 1.499/98, que em seu artigo 1º, "Proíbe aos médicos a utilização de práticas terapêuticas não reconhecidas pela comunidade científica". De acordo com o diretor da Associação, Dante Mário Langhi Jr., a auto-hemoterapia é adotada por leigos e é desaconselhada por, além de não ter nenhum benefício comprovado no campo da ciência, poder apresentar inúmeros riscos à saúde. Langhi reforça que a hemoterapia, prática terapêutica exercida por médicos hematologistas e hemoterapeutas que utiliza componentes do sangue, nada tem a ver com a chamada “auto-hemoterapia”, procedimento que consiste na aplicação intramuscular do sangue do próprio paciente. "Deve-se tomar cuidado com o que se lê na Internet e procurar sempre um especialista para ter o tratamento adequado", relata.
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