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SEÇÃO
Crônicas
21/02/2011 - 10h03
Que situação
Ana Mello
 

Coisa triste quando alguém quer ser gentil nos dando um presente ou fazendo um favor que nos deixa em situação constrangedora. Presente errado é falta de atenção, me desculpe quem já errou. Tenho uma amiga que dá presentes para muita gente, sabe os aniversários, os gostos de todo mundo, nunca a vi errar com ninguém. Isso porque ela se importa, é atenta e presta atenção ao que todos falam, cada detalhe que é importante. Quando tenho que dar um presente para alguém da família pergunto algumas coisas para não dar nada repetido e tentar agradar ao máximo, para garantir ainda coloco selo de troca, caso a pessoa prefira outra cor ou tamanho.

Presente é um ato de carinho e caprichar na embalagem, no cartão, é um complemento ao objeto que foi escolhido. Disseram-me uma vez que devemos abrir o presente na frente da pessoa que ofereceu, é um sinal de educação e cortesia, porém muitos não conseguem disfarçar a decepção ou aquela cara de “para que mesmo isso serve?” – o que é bem pior. Então fico na dúvida se o correto é proceder assim ou estar preparado para ser sincero.

Muitas pessoas fazem listas de noivos quando vão casar e escolhem na loja tudo que gostariam de ganhar, porém os convidados querem adaptar a escolha ao valor que pretendem gastar e ao seu gosto pessoal. O que é uma bobagem, gosto pessoal serve para comprar coisas pessoais.

Seguindo nessa linha, soube de um fato interessante por uma amiga de uma amiga minha, portanto não é seu parente, mesmo que o caso possa parecer igual. Essa tal pessoa recebeu um imenso gato para colocar na sala. Grande, preto, com olhos verdes. A encantadora pessoa que presenteou deve ter gastado uma nota, pois o objeto veio de uma loja requintada. Se não fosse um pequeno detalhe, que o apartamento dos nubentes era de um dormitório, e a sala mal dava para um sofá e duas cadeiras de aproximação, o gato poderia habitar um canto. Faltavam quantos e sobrava gato. O que fazer? Combinaram que o objeto ficaria na área de serviço, tapado. Se um dia a tal pessoa aparecesse ele ocuparia a sala temporariamente.

Não houve tempo, a diarista matou o bicho na primeira limpeza. Fato consumado, o casal resolveu dizer, caso perguntassem, que o gato tinha sido quebrado na mudança. A tal visita não aconteceu, mas a sogra dessa amiga tratou de comentar com a prima da moça de gosto felino que o gato fora quebrado. A tal moça ficou comovida e deu não apenas um para substituir, mas dois, um pouco menores. Que situação!

Comigo também já aconteceu várias vezes. Ganho livros, já lidos, que o proprietário ou proprietária não gostou é claro, pois se assim fosse me emprestava, não dava. Aceito e coloco no meu balaio de livros do trabalho, muitas pessoas utilizam e pode aparecer um leitor que goste. Mais constrangedora é a frase que acompanha o referido livro: tu que gostas de ler, certamente vais aproveitar. Ora, gostar de ler, não necessariamente que dizer ler qualquer coisa e um bom leitor tem seu gosto e critério.

Que situação!

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