Você cresce, faz curso superior, mestrado, PhD, e o diabo-a-quatro, mas a sua mãe vai sempre te chamar por um carinhoso diminuitivo: Carlinhos, Marquinhos, Paulinho...

Seus amigos, em meio a uma reunião importante vão chamá-lo pelo apelido de infância que você detestava e quebrava o pau sempre que usavam, como por exemplo: pirulito, tutuca, bundinha, paixão, ameba...

Se você é militar, perde sua identidade e passa a ser uma patente: “Sargento Garcia”, “Capitão Caverna”, “General Eletric” etc.

Os filhos daqueles seus amigos carinhosamente o chamam de “tio” como se você fosse realmente irmão dos pais deles.

Sua correspondência chega endereçada ao “Ilmo. Senhor Dr. Engenheiro Sicrano” ou até “À sua Excelência Senador Beltrano”...

Você cai na besteira de contratar uma nova secretária loira, bonitona e gostosona e a princípio ela te chama de “doutor”... Passa uns tempos e ela passa a te chamar de “chefinho”... Até que um dia ela diz:

- Acorda “benhê”, tá na hora de você ir embora... Mas antes me diz... Quando você vai largar aquela mocréia e se casar comigo?

(Desculpem... mas mesmo querendo escrever um texto sério, acabo sempre aflorando meu lado humorístico e politicamente incorreto.)

Brincadeiras à parte, não existe tratamento mais emocionante do que ser chamado de... PAI.