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Opinião
11/03/2011 - 07h00
Assinatura visual do Governo Dilma
Gilberto Strunck
 
Freqüência e consistência

Há séculos, reis, nobres e religiosos, de vários países da Ásia e da Europa, já se utilizavam de símbolos que os identificavam e às suas propriedades e tropas. Esta característica de se ter uma marca própria, um "DNA gráfico", vem de longe e é própria de todo ser humano (no mínimo com a sua assinatura).

Aqui no Brasil não é diferente, mas com o detalhe de que, por lei, o nome do executivo, Presidente, Governador ou Prefeito, não pode ser grafado junto com a "assinatura visual" do seu governo.

No Rio de Janeiro, por exemplo, por oito anos toda a comunicação do Prefeito César Maia tinha por base a cor laranja. Quando o Eduardo Paes assumiu, em poucas semanas ele eliminou o laranja, que foi substituído pelo azul, em milhares de itens.

Do ponto de vista prático, para nós cidadãos, que pagamos esta conta, que não foi barata, não houve nenhum benefício, mas o novo Prefeito deve ter ficado muito orgulhoso. Com a "sua assinatura", ele afirmou o seu domínio, tomou conta da cidade.

Agora estamos presenciando o mesmo processo nesta transição do governo de Lula para o da Dilma. Como nos foi massivamente comunicado pela propaganda da campanha eleitoral, Dilma é a continuidade de Lula, quase que cogovernou com ele. Assim, do ponto de vista conceitual, é natural que sua "assinatura visual" seja um redesenho da usada por Lula. Parecida, mais com alguns elementos que sinalizem a nova governante. Cores e slogan foram alterados. O conjunto ficou mais sóbrio, diria até que um pouco mais triste... mas não é esta a "cara da Dilma" quando a comparamos com a do seu antecessor?

No final, importante é que o que faz uma identidade visual ganhar força e se fixar em nossas mentes são a frequência com a qual somos submetidos a ela e a consistência na sua aplicação.

É mais eficaz o emprego frequente de um símbolo e logotipo pouco relacionados conceitualmente à marca que devem representar, segundo regras que são sempre cumpridas, do que o uso de elementos visuais que expressam o conceito da marca e têm um design maravilhoso, mas que são utilizados sem obedecer a normas que lhes garantam o rápido reconhecimento.

Quantidade, impacto e consistência são os fatores mais críticos para garantir o sucesso de uma identidade visual.


Nota do Editor: Gilberto Strunck, é Sócio-Diretor da DIA Comunicação. Autor de vários livros sobre design, é Professor da UFRJ, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Conselheiro do POPAI Brasil e membro do Bord Internacional desta entidade.

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