Ser educador é viver pelo bem da cidade, da vida em sociedade. É defender que não existiria vida em sociedade se não fôssemos políticos. Quem disse isto, há muito tempo, foi o filósofo grego Aristóteles. “O homem é um animal político”. Por esse motivo que eu estranhei uma mensagem, discutida com o amigo Zé no final da semana, indicando que o educador deveria ser mais compassivo com o poder público. No caso, trata-se de um fato real, já denunciado há meses, onde carros velhos ocupam áreas públicas e podem gerar mosquitos da dengue. É correto os moradores terem isso como normalidade? Ou a autoridade que se manifestou quer que os mesmos façam a remoção ou controle os vetores em tais casos? Sem dúvida que a educação está ruída. Questão: O projeto político pedagógico da Secretaria da Educação tem uma educação permanente, desde o primeiro ano escolar? (Não só voltado ao controle da dengue, mas também à questão do lixo, da preservação dos diversos ecossistemas do entorno etc.) Será que o motivo principal de constatarmos tantas irregularidades, tanto descaso com o nosso município não é justamente por causa de nossas omissões, por querer proteger algumas autoridades que porventura nos empregam? Pode ser que alguém esteja confundindo política (de pólis: a arte de cuidar da cidade) com politicagem (a arte de se dar bem às expensas do dinheiro público). E pior: pode ser que a última seja defendida como realmente virtude. Será que a autoridade em questão não pode questionar os demais setores (trânsito, educação, urbanismo etc.) que atravancam a realização de seu trabalho de forma mais perfeita possível? Ao amigo Zé: Ser educador é se fazer a cada dia mirando as virtudes. Saudações. Wendell Pestallozzi wenllozzi@gmail.com
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