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Medicina e Saúde
16/03/2011 - 18h00
Tensão pré-menstrual ainda gera dúvida
 
 
Dieta à base de alimentos que possuem efeito diurético e livres de cafeína ajuda a combater os sintomas da tensão pré-menstrual

A tensão pré-menstrual, ou simplesmente TPM, é um conjunto de sintomas físicos e comportamentais que ocorrem na segunda metade do ciclo menstrual e pode ser classificada como leve, onde há sensibilidade emocional, como choro, irritabilidade ou vontade de consumir doces, até severa, quando a tensão interfere significativamente na vida da mulher e a impede de realizar atividades rotineiras. Cerca de 30% das mulheres queixam-se de sintomas típicos da TPM todos os meses.

A ginecologista Dra. Rosa Maria Neme (CRM SP-87844), doutora em Medicina na área de Ginecologia pela Universidade de São Paulo e Diretora do Centro de Endometriose São Paulo, clínica de São Paulo especializada no tratamento da doença, explica que a TPM está relacionada à queda abrupta dos níveis hormonais, que serão responsáveis pela menstruação. “Pesquisas indicam que existe uma íntima relação entre os hormônios sexuais femininos, as endorfinas (substâncias naturais ligadas à sensação de prazer) e os neurotransmissores, como a serotonina, que explicam os sintomas e sua severidade em, aproximadamente, 8% das mulheres”.

Para quem sofre de cólica no período menstrual a doutora dá um alerta. “Este sintoma pode estar relacionado a outros problemas, como endometriose, por exemplo, mas não representa uma alteração típica acionada pela TPM”.

Sintomas

De acordo com a ginecologista, os sintomas comportamentais e físicos da TPM variam de pessoa para pessoa. Os mais comuns são a irritabilidade, alteração de humor, depressão, ansiedade, dores nas mamas, aumento do apetite (principalmente relacionado ao consumo de doces), dores de cabeça e inchaço no corpo. Outras mudanças, tais como: distúrbios do sono, cansaço, dificuldade de concentração, dores musculares e ganho de peso podem estar presentes. “O impulso de ingerir doces nesta fase está ligado a uma alteração dos neurotransmissores cerebrais, principalmente a serotonina, que gera uma alteração no centro de controle do apetite”, esclarece Dra. Rosa.

“Em casos mais severos, o critério que irá determinar a gravidade é a quantidade de sintomas e o quanto isto afeta a vida rotineira da mulher”, avalia a especialista.

Prevenção

Mas como evitar ou diminuir as mudanças bruscas no humor e no organismo feminino? Para controlar a TPM, Dra. Rosa Neme diz que o ideal é manter uma vida equilibrada e realizar exercícios físicos aeróbicos regulares. “Sabe-se que a prática dos exercícios, além de aliviar o estresse, mantém os níveis hormonais mais estáveis e, dessa forma, evitam as alterações bruscas de humor”.

Outro ponto que deve ser considerado importante é a alimentação. Sintomas da TPM que ocorrem cerca de 10 dias antes da menstruação, podem ser causados por baixas de cálcio e vitamina B6 no organismo. Assim alimentos ricos em cálcio, como leite, iogurte, queijo, sorvete (em versões desnatadas e menos gordurosas). Peixes, salmão, vegetais verdes também são importantes.

Outros alimentos como banana, batata, lentilha, carnes, grãos integrais, vegetais verdes, abacaxi, manga e milho são ótimas fontes de vitamina B6. Alimentos ricos em fibras, como as frutas, legumes e verduras em geral, podem também auxiliar na diminuição dos níveis de estrógeno nesta fase do ciclo menstrual, melhorando os sintomas da TPM.

Alimentos com efeito diurético ricos em ácidos graxos essenciais encontrados no óleo de prímula e o ginkobiloba, chá verde, frutas com efeito diurético como melancia, melão e alcachofra podem auxiliar a combater o inchaço nesta fase. "Estimulantes, como o chá preto, café e chocolate devem ser evitados neste período”, recomenda Dra. Rosa.

Tratamento

Atualmente, a utilização de métodos hormonais que bloqueiam a menstruação, como o Sistema intra-uterino medicado com progesterona e o uso de novas pílulas contraceptivas de última geração que apresentam o hormônio progesterona com efeito diurético, têm sido consideradas as novas armas no combate ao problema. “Tratamentos com vitaminas, fitoterápicos até medicações mais potentes, como antidepressivos, também fazem parte das indicações médicas. Isto dependerá da gravidade dos sintomas. A psicoterapia também pode ajudar bastante, deste que seja prescrita pelo médico. Atualmente, um novo contraceptivo que apresenta estrogênio natural (valerato de estradiol) ao invés do sintético (etinil estradiol) também pode ser uma arma importante no combate a TPM”, finaliza Dra. Rosa.

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