Prezado Luiz Moura, gostaria de manifestar meus pêsames a toda a família do Senhor Basílio de Moraes Cavalheiro Filho contando uma pequena história ocorrida em um dos momentos mais difíceis de minha vida e que, graças a ele, consegui superar e criar energia para empreender cada vez mais e melhor. Era o ano de 1998. Estava eu amargando uma sociedade "malfeita" e por isto desfeita e, naquele momento, sem um tostão; com um monte de dívidas e um relacionamento desfeito, tudo ao mesmo tempo, como se o destino me forçasse sucumbir. Entre uma ida ao Centro e outra, deparei-me com uma placa de aluga-se em uma das propriedades do Sr. Basílio, sito à rua Salvador Corrêa, 28 e, em virtude desta oportunidade, procurei o proprietário, ou seja, o próprio. Encontrei-o na sorveteria Rocha da Igreja Matriz, onde ele me informou das condições para que eu alugasse a loja e em virtude destas, passei a temporizar todos os dias com ele, em uma forma de ganhar tempo a fim de não perder a oportunidade, fato que o incomodou após alguns dias e diante disto, confessei-lhe o apuro em que me encontrava, isto é, a minha falta de recursos e ele se propôs a me ajudar. Mesmo assim, eu não queria assumir nenhuma posição que me exigisse dispêndios, já que meu estado era lastimável. Passaram-se vários dias nessas condições, até que, em um domingo, por telefonema, o Sr. Basílio me localizou na casa de um outro amigo, o Percizão, e me fez uma intimação: - Wagner, estou em frente a loja - isto era 12h00 - e daqui a vinte minutos estarei a caminho da Europa e se você tem algum motivo para ficar ou não com a loja, esteja aqui agora! - Então, não tive dúvida, fui ao encontro do Sr. Basílio. Lá chegando, expliquei-lhe novamente minha situação. Diante disto, ele me falou: - Wagner, eu não quero saber se você tem condições de ficar com a loja, mas se você acha que pode trabalhar e com isto honrar os seus compromissos vindouros, AQUI ESTÃO AS CHAVES. A LOJA É SUA e daqui a três meses, na hora em que eu voltar da Europa, votamos a nos falar e se você não estiver satisfeito, é só me devolver as chaves! Virou-se para o carro, sentou-se ao volante e se foi em viagem, dando-me uma oportunidade que não pude recusar. Montei a loja e trabalhei como nunca antes e, passados os três meses o Sr. Basílio retornou, fizemos o contrato e ele foi meu senhorio por mais quatro anos. Comecei aí uma das mais importantes amizades de minha vida, aprendendo, em convívio diário com o Sr. Basílio, a trabalhar com confiança e austeridade. Agradeço ao Senhor Basílio Cavalheiro o prazer de ter sido seu amigo. Agradeço a ele as oportunidades que me deu e sobretudo, em um momento delicado, onde a mente fica transtornada, sua acolhida, tal qual a um PAI FAZ A UM FILHO! O PARAÍSO SE ALEGRARÁ COM A SUA VISITA E NÓS SENTIREMOS A SUA PRESENÇA, MESMO QUE O VAZIO DE SUA AUSÊNCIA NOS FAÇA SOUDOSOS, TODAS AS VEZES QUE COBREMOS DIGNIDADE AOS NOSSOS POLÍTICOS! Wagner Nogueira wagner_nog@yahoo.com.br
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