Às vezes somos surpreendidos com respostas bem fora do escopo e isso é muito importante para demonstrar que existem muito mais opções do que vemos ou pensamos. Ouvi esta história esta semana e confesso que não sei se é uma piada, um “causo” ou algo que realmente aconteceu em algum lugar por aí e então... Em um hospital psiquiátrico decidiram fazer uma pesquisa para testar o nível de sanidade mental dos seus enfermos e para isso elaboraram um teste com uma banheira. O teste compreendia em esvaziar a banheira e daí, conforme o resultado, seriam decididos os critérios de mudança de tratamento, de medicamentos ou até mesmo a baixa por se encontrar em condições de ser reintegrado à sociedade. Durante o teste o Diretor esclareceu as regras aos participantes e médicos ao mesmo tempo: - Nós enchemos uma banheira com água e oferecemos ao enfermo uma colher, um copo, uma panela e um balde e pedimos que a esvazie. De acordo com a forma que ele decida realizar a missão, nós decidimos se alteramos seu medicamento para dosagens mais leves, mudaremos de ala para que seu convívio seja melhor para a sua condição atual de sanidade ou até o hospitalizamos em isolamento para que não influencie negativamente outros pacientes. Vários deles fizeram o teste com resultados muito diferentes: para alguns havia uma pequena melhora quando escolhiam o copo e para outros uma mudança ainda maior quando escolhiam o balde. Ao fim do dia já reclassificados e sendo relocados para seus novos aposentos o diretor foi chamado por um dos pacientes que se recusara fazer o teste e por este motivo fora reclassificado na ala de isolamento. - Doutor, posso lhe falar um minuto? Perguntou ao diretor. - Falar o quê? Você nem quis participar do teste e na sua vez decidiu não fazê-lo. As regras estavam estabelecidas: a colher, o copo, a panela e o balde! Falou exaltado o diretor. - Ah! Entendi. - disse o paciente. Um paciente curado usaria o balde, que é maior que o copo e a colher. Um paciente em estado intermediário usaria o copo e um paciente que necessitasse maiores cuidados usaria a colher, certo? - Certo! - respondeu o diretor ainda mais nervoso diante do paciente e de todos os médicos que concordavam com o seu posicionamento. - Eu só queria tirar a tampa do ralo da banheira! Disse o paciente. Neste momento os médicos e o diretor devem estar escolhendo as suas alas ou até o setor de isolamento mas não sabemos se teremos cama para todos. Este texto serve para demonstrar claramente o uso do Pensamento Lateral criado por Edward de Bono e que deve ser entendido como uma ferramenta do pensamento para soluções fora do padrão. É o que chamamos de “pensar fora do quadrado”, daí a importância da participação de todos na resolução dos problemas. Não desperdice qualquer idéia por mais absurda que pareça pois ela pode ser a solução do seu problema. Este texto também é dedicado a todos que escolheram o balde como resposta enquanto faziam a leitura. Cada situação nos dá opções, mas a solução pode surgir de onde menos esperamos. Pense nisso e pense lateralmente! Nota do Editor: Natanael Filho é graduado em Proc. de Dados pelo Mackenzie/SP, Pós em Administração Industrial e MBA pelo INPG. Aluno de Mestrado em Produção do ITA. Gerente de empresa multinacional com vários cursos e seminários no Brasil e Exterior. Palestrante e Diretor do Palestra Cênica. Blogueiro nas madrugadas (ngfconsultoria.blogspot.com).
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