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Opinião
19/03/2011 - 08h06
O que dizer a Obama?
Dirceu Cardoso Gonçalves
 

O presidente Barack Obama vem ao Brasil e, neste domingo, faz um discurso no Rio de Janeiro. Ninguém sabe o que falará. Mas, sem qualquer dúvida, mais importante do que suas palavras, é aquilo que poderá ouvir durante sua estada em nosso país. É preciso que tenha a certeza de que o Brasil tem todo o interesse em ser – ou continuar sendo - um parceiro preferencial da grande nação do norte e que, sem qualquer viés ideológico positivo ou negativo, chegue-se à conclusão de que aquilo que é bom para um também deve atender aos interesses do outro e vice-versa.

Sabemos que a grande matriz econômica do mundo atual está baseada em território norte-americano. Lá estão instaladas as bases de produção e o mercado consumidor de destacadas mercadorias. Também estão os centros de pesquisas e uma série de recursos que irradiam para todo o planeta. Infelizmente, existem conflitos de interesses que levam o “grande irmão do norte” (é assim que se dizia no passado!) a contrariar os interesses brasileiros e dos outros países da região. É preciso remover as divergências e buscar as convergências.

Obama precisa saber que o Brasil e outros países da região deixaram de ser os meros fornecedores de matéria-prima barata de outrora. Hoje, graças aos esforços locais e à globalização, somos detentores de economia, ciência, tecnologia, tão capazes de produzir boas mercadorias quanto os países do chamado primeiro mundo. Temos um mercado bastante atrativo e carecemos de tratamento igualitário. Como parceiros, esperamos favorecimentos e estamos dispostos a também favorecer a fluidez dos negócios e trocas. Somos, inclusive, parceiros estratégicos na área de combustíveis.

O presidente visitante tem de levar a impressão de que o Brasil e o brasileiro têm condições e querem viver a própria vida. Isso, talvez, sirva para diminuir um pouco a arrogância na concessão de vistos e no momento da entrada de brasileiros em território norte-americano. Também será útil que leve a idéia de que o Brasil não quer predar o mercado através de vantagens indevidas, mas abomina todo o tipo de protecionismo e de barreira comercial. Será muito útil, também, se alguém lhe disser que toda vez que o mercado norte-americano é inundado por mais dólares do que necessita para seu funcionamento, esse dinheiro acaba migrando para o Brasil e outros países como o nosso e provoca grandes danos à economia local.

O estilo Obama de governar é mais “holístico” do que o de seus antecessores. Sua vinda ao Brasil é significativa. A presidenta Dilma e todos aqueles que com ele tiverem contato não podem perder a oportunidade de lhe dizer as verdades que façam melhores e mais adequadas as relações entre os dois países e a vida de todos nós. Também não podem se esquecer de falar que já passou da hora de acabar com o bloqueio continental a Cuba. Resolvida a questão cubana, toda a América Latina passará a viver melhor e as divergências do passado serão, apenas, história...


Nota do Editor: Dirceu Cardoso Gonçalves é tenente da Polícia Militar do Estado de São Paulo e dirigente da ASPOMIL (Associação de Assist. Social dos Policiais Militares de São Paulo).

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