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Opinião
29/03/2011 - 17h12
A consolidação da arbitragem
Ana Claudia Pastore
 

Instituída no Brasil em 1996, a arbitragem vem passando por desejada transformação nos últimos anos, superando as dificuldades e demonstrando-se um método cada vez mais seguro, rápido e eficaz. A arbitragem é utilizada há muito tempo em países como França, Itália, Inglaterra e Estados Unidos. No Brasil, era vista com enorme desconfiança, principalmente pelo Poder Judiciário. Quebradas as resistências iniciais, vem sendo largamente utilizada nas mais variadas áreas do Direito: cível, comercial, internacional, do consumidor e até na área pública. A própria sociedade passou a reconhecer mais frequentemente o funcionamento desse instituto.

Em termos de rapidez, nem de longe a arbitragem se compara ao Poder Judiciário, que costuma levar décadas para resolver um conflito. Pela legislação, um procedimento arbitral termina em até 180 dias. As sentenças arbitrais são definitivas e irrecorríveis.

No que se refere à especialização, tampouco a justiça estatal equivale-se à privada. Enquanto um mesmo juiz é obrigado a julgar causas das mais diversas matérias, envolvendo, por exemplo, medicina, engenharia e relações comerciais, um árbitro é especializado na matéria de que trata o conflito. As pessoas que se utilizam da arbitragem escolhem de comum acordo o árbitro que conduzirá o processo, podendo assim ter como julgador um profissional imparcial que entenda profundamente da matéria tratada.

As decisões dos árbitros obviamente são tomadas de acordo com a legislação vigente, mas é de fundamental importância possuir um profundo conhecimento sobre o assunto de que trata a demanda. Isso o conduz a uma solução mais justa e equilibrada.

A informalidade é outra característica do procedimento arbitral. As partes podem, caso assim desejem, participar do processo sem o acompanhamento de advogados. Todos os atos, prazos, e formas de condução daquele litígio são determinados em conjunto pelo árbitro e as partes, no momento da primeira audiência. Ou seja, o procedimento transcorrerá da forma que as partes julgarem mais adequada.

Sob o aspecto econômico, a arbitragem também é vantajosa. Por não caber recurso, a decisão do árbitro é terminativa. Em razão da velocidade, os gastos com advogados, prepostos, taxas, custas, são infinitamente menores do que na justiça estatal.

A arbitragem transformou também o mercado de profissionais que atuam em diferentes frentes do Direito. Muitos profissionais especializados em outras áreas acabaram por adotar a arbitragem como nova especialidade.

Com o tempo e o conhecimento sobre a matéria, o instituto vem ganhando força e credibilidade. Esperemos que, cada vez mais, a arbitragem se consolide no Brasil para que se possa além de desafogar o Poder Judiciário, oferecer decisões mais justas e rápidas aos usuários.


Nota do Editor: Ana Claudia Pastore é advogada e vice-presidente do CAESP - Conselho Arbitral do Estado de São Paulo. E-mail: anaclaudia@caesp.org.br.

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