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Medicina e Saúde
29/03/2011 - 18h09
Ginecomastia
Márcia Wirth
 
Problema que provoca constrangimento nos adolescentes

Excesso de timidez... Blusas e camisetas bem largas... Um caminhar curvado... Em muitos casos, há a recusa absoluta em participar de qualquer programa que implique tirar a camisa em público. “Estas são reações típicas de garotos que sofrem com o crescimento de mamas ou ginecomastia”, explica o cirurgião plástico Ruben Penteado, diretor do Centro de Medicina Integrada (www.medintegrada.com.br), em São Paulo.

A maioria dos casos de ginecomastia apresenta-se na puberdade, com uma incidência de 65%, entre jovens de 14 e 15 anos. Essa condição desaparece durante os últimos anos da adolescência, apresentando-se apenas em 7%, aos 17 anos de idade. A incidência aumenta com a progressão da idade, atingindo até 30%, nos homens idosos.

No Brasil, não existem estatísticas específicas sobre a realização da ginecomastia, porque não necessariamente o problema precisa ser resolvido por meio da cirurgia plástica, em muitos casos, o desenvolvimento de mamas regride por si só. Uma estimativa da regional paulista da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP-SP) indica que 10% das cirurgias plásticas em homens são realizadas para a correção da anomalia, cerca de 22 mil operações por ano.

“Mas, nos casos para os quais a cirurgia plástica é caminho o mais indicado, ela pode ser feita em qualquer fase da adolescência, pois a glândula mamária retirada não fará nenhuma falta após o crescimento. E o constrangimento social é sempre muito grande, sobretudo na adolescência. Em geral, o jovem que apresenta este problema sente-se muito envergonhado e fica muito introspectivo. Após a cirurgia, o principal ganho é o social, o paciente fica muito mais confiante para se integrar ao seu grupo", diz o médico.

Entenda a ginecomastia

A anomalia divide-se em três tipos:

• Ginecomastia verdadeira: caracterizada pelo desenvolvimento da glândula mamária;

• Pseudoginecomastia: causada por excesso de gordura localizada na região peitoral;

• Ginecomastia mista: quando há as duas causas.

Segundo Ruben Penteado, 50% dos casos são de ginecomastia mista. “Nesses casos, o paciente passa primeiramente por uma lipoaspiração e, depois, pela retirada da glândula mamária”, informa.

A ginecomastia pode se manifestar em três fases: nos primeiros dias de vida, na adolescência e na andropausa. Nos dois primeiros casos, o problema costuma desaparecer sozinho.

“Já o aparecimento da ginecomastia no adulto, principalmente no idoso, implica numa investigação de outras doenças que podem levar a um aumento das mamas no homem, como, por exemplo, problemas hepáticos que podem causar alterações no metabolismo dos hormônios ou até mesmo o câncer da mama masculina, principalmente quando a ginecomastia se manifesta de maneira dolorosa e em apenas um dos lados”, diz o especialista, membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica.

Uso de anabolizantes

Além das causas fisiológicas, a ginecomastia pode aparecer em decorrência do consumo de anabolizantes, cerveja e maconha. “Presente nos anabólicos, usados para aumentar a massa muscular, a testosterona pode ser transformada pelo organismo masculino em estrogênio, o hormônio feminino. Como resultado, vemos o aparecimento de traços femininos no garoto, sendo o desenvolvimento de mamas um deles. Isso porque a testosterona, após metabolizada, vira estrogênio", explica o médico.

Medicamentos como anti-hipertensivos ou antidepressivos também estão relacionados como possíveis causadores do crescimento de mamas nos garotos.

Nos casos de homens de idade mais avançada, o uso de medicação para o tratamento das úlceras gástricas também favorece o aparecimento do problema. "Essas são as causas não fisiológicas da ginecomastia. Precisamos investigar estes fatores quando recebemos um paciente com essa condição", afirma Ruben Penteado.

Indicações cirúrgicas

A técnica cirúrgica a ser empregada depende do tipo de ginecomastia e de sua severidade. Existem três técnicas que podem ser utilizadas separadamente ou em combinação para resolver o problema:

• Lipoaspiração;

• Lipoaspiração ultrassônica, e;

• Mamoplastia redutora.

Todos os procedimentos são feitos de forma ambulatorial, com anestesia local e sedação. Têm duração entre 45 e 60 minutos. “Os cuidados a serem observados nos 15 dias depois da cirurgia são o uso de malha elástica e a realização de sessões de drenagem linfática”, observa o cirurgião.

"O estresse psicológico é a razão principal para a indicação cirúrgica, mas os resultados estéticos têm grande importância para esses pacientes, devendo-se considerar o tamanho da cicatriz e deixá-la o mais imperceptível possível", completa Ruben Penteado.

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