Outro dia me deparei com a triste realidade dessa vida, quando ela se finda... Um jovem, amigo, filho de amigos, aquele que comigo estudou. Que se casou, teve seus filhos, que ainda são pequenos, deixava o nosso mundo inesperadamente. Ver o sofrimento da mãe que sofria muito mais que as dores do parto, uma mudança radical no seguimento natural das coisas. Comecei a pensar o que estaria passando pela cabeça daquela pobre e humilde mulher... Certamente se lembrou da gestação desse que agora a deixara. Dos passos que ela o ensinou, das palavras que ele ao dizer lhe provocou sorrisos. Das brigas... Das alegrias... Por que a vida tinha que ser tão dura? Olhando e me comovendo com essa cena viajo em pensamentos... Somos um nada perante a vida... Ela nos leva como e quando quiser. Preparados ou não, é ela que manda. Ela, a vida, muda o curso natural das coisas... Chega e traz alegria, parte e deixa saudade... Não pergunta, apenas age. Pra ela não existe sentimentos, apenas a vinda... Para nós, pobres mortais, que não mandamos nela, apenas nos permitimos viver... E que cada uma se permita viver essa vida, outra até, no amor, na caridade e na doação. Para que, quando se findar tenha muito que dizer o quanto valeu a pena viver...
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