Prezado Luiz Moura, Fica sempre a impressão de um amadorismo por parte daqueles que deveriam ter a dianteira do comando da cidade, ou seja, os empresários. São detentores de patrimônio, mas não de poder; são detentores da opção comercial do giro de capital e da criação de empregos de toda a cidade, mas, a cada momento político, não conduzem, são conduzidos! Pensam individualmente e quando precisam da coletividade, esquecem-na e encurtam o caminho (atalho) socorrendo-se de quem está no poder público, para auxiliá-los em seus pleitos, vide a penúltima eleição à presidência a ACIU (Associação Comercial de Ubatuba), onde parte do staff estava de celular em punho, na porta da mesma, cobrando de seus vassalos o uso indutivo dos votos. Depois de aferidas as necessidades imediatas, ficam cada qual em seu canto, e, vendidos em suas posições futuras, acham-se perplexos de que não lhes dão o devido respeito. São subservientes e não há honra na submissão, pois, ao não se manifestarem contrários aos desmandos, sujam suas mãos com o mesmo sangue dos inocentes que perdem suas vidas nos hospitais, por falta de equipamentos adequados, em virtude das verbas, a este destino, serem desviadas pelos mesmos que lhes garantiram o apoio e o cargo. Tenho certeza de que incautos me encherão de e-mails malcriados, mas, despreparados como são, não hão de me incomodar! Digo isto, não por soberba, mas por ter, há muito, percebido que os detentores de patrimônio e capital nesta cidade vivem de atalhos, pouco se importando com o entorno dos seus investimentos e comércios, pois, enquanto a água não lhes chegam aos calcanhares, não reclamam e não interferem no processo, cômodo que lhes são serem "João sem braço". São construtores que ao invés de trabalharem por um esclarecimento e educação da população, sobre o impacto positivo ou negativo da verticalização, se valem de conchavos e atalhos, para maquiarem seus empreendimentos, "esfregando" em nossas caras o quão somos imbecis, pois, ao nos deparamos diante de um desses empreendimentos (edifícios), percebemos claramente que os mesmos estão acima dos padrões legais de construção; não prevêem o impacto na localidade onde são inseridos, seja o da circulação e estacionamento de veículos, seja da possibilidade de tratamento e escoamento de esgotos e não prevêem a necessária aplicação de recursos para tornar o entorno mais seguro. São comerciantes que participam de cartas convites direcionadas e licitações, sabedores dos vícios ali contidos e se colocam em conluio, porque lhes serão destinadas migalhas mais à frente. São sindicatos e contabilistas que se fazem de rogados ante o empobrecimento de seus associados e seus clientes, fazendo-se de "cegos" em um ambiente comercialmente hostil e autofágico, sem que se manifestem contrários a tudo que afeta negativamente os envolvidos na sustentação e viabilidade econômica do município. São, também, todos os que corroboram com veículos de informação concubinados com o poder político, criando tendências que não se observam nos fatos. Isto cria uma imprensa encabrestada aos interesses eleitoreiros e de péssima qualidade informativa, para não se falar em distorções de informação. Pensássemos nós um pouco melhor e poderíamos ter uma imprensa comprometida com os fatos e as soluções viáveis, pois, os mesmos recursos que investimos nessas mídias fantasiosas, serviriam de lastro para o seu custeio, sem que as mesmas se tornassem tendenciosas, sendo, elas, livres para afirmar ou contestar as arbitrariedades, fossem elas de que lado fossem. Enfim, somos todos culpados por tudo que nos aflige e não há salvação nem solução fácil, a não ser com trabalho coordenado e árduo, feito não por nossos algozes, mas sim, por nós mesmos! Wagner Aparecido Nogueira wagner_nog@yahoo.com.br Ubatuba, SP
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