Sintomas terríveis; tratamento reconfortante
O transtorno do pânico é um distúrbio de ansiedade, caracterizado por ataques súbitos seguidos de sintomas físicos, como taquicardia, aperto no peito, tremores, tonturas, formigamentos nas mãos, suores intensos com ondas de calor e calafrios, sensação de estar saindo fora do corpo, dores migratórias etc. ; que levam a pessoa a pensar que está tendo um problema de origem física. A síndrome pode ser desencadeada em qualquer pessoa. Pesquisas mostram que a maior incidência é em pessoas de 25 a 45 anos de idade, de ambos os sexos, mas pode aparecer já na adolescência. Embora as mulheres pareçam ser a maioria absoluta, os homens também são vitimados; mas poucos deles procuram ajuda terapêutica. Quando homens chegam ao consultório, eles quase sempre vêm por indicação de profissionais da área médica, como clínico geral, cardiologista, neurologista, endocrinologista e outros. Ainda não se tem uma causa definida sobre o transtorno do pânico. Alguns estudiosos acreditam em deficiência de algum mensageiro químico do cérebro. Mas, na maioria dos casos, se desencadeia junto a um processo de stress, ou seja, o indivíduo está numa busca constante e incansável de um objetivo profissional ou pessoal, empregando toda sua energia e expectativa para alcançá-lo. Em momentos típicos de satisfação, às vezes depara-se com uma imensa sensação de vazio e inutilidade, que o leva a crer que esse não era o caminho de sua felicidade, porque percebe que, nessa trajetória de muitas lutas e batalhas, o mais importante ficou para trás - que deixou de vivenciar situações de prazer e lazer. Por ser um distúrbio de ansiedade generalizada, o transtorno do pânico leva o indivíduo a perder contato com a realidade atual, como se não existisse o presente, mas só o futuro. Ainda estão sendo estudadas e pesquisadas outras causas, como as cobranças impostas pela sociedade, dificuldades psicológicas ou emocionas desencadeadas em qualquer fase da vida, ou na formação da sua personalidade, como necessidade de valorização, sentimento de abandono e rejeição, perdas reais (mortes de entes queridos), e outras situações que não ficaram bem resolvidas na sua estrutura emocional. O transtorno de pânico se diferencia de outros distúrbios de ansiedade, pelas crises inesperadas. Outra diferença é o medo intenso de morrer ou de ficar louco, que o deixa sem condições de raciocinar no momento da crise. O desconforto físico e emocional é tão grande, que várias vítimas começam a evitar locais públicos com muitas pessoas; se isolando cada vez mais socialmente e até deixando o seu lado profissional em último plano. O tratamento não é complicado, nem demorado. A psicoterapia, aliada a outros tratamentos - como hipnose, acupuntura, técnicas de relaxamento, dentre outros - tem sido eficaz, com resultados surpreendentes; proporcionando ao indivíduo em crise mais segurança, e eliminando o medo, a ansiedade e a angústia. Nota do Editor: Alessandro Vianna (www.alessandrovianna.com.br) é psicoterapeuta.
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