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SEÇÃO
Crônicas
16/04/2011 - 15h04
A angústia do dia
Maria Olimpia Alves de Melo
 

Por melhor que seja a vida, por mais feliz que seja a pessoa, não existe dia sem sua angústia. O que difere é apenas o trato que se dá a ela.

Poderia dizer de maneira prosaica que cada dia tem seu problema, mas problema é pouco para o nó que se forma na boca do estômago e que muitas vezes não tem nome nem endereço certo. Angústia vai um pouco mais além porque o nó que se forma é duplo: além de incomodar o estômago incomoda a alma e o exercício para desatar o nó da alma é bem mais complicado.

Muitas vezes é difícil até detectar a razão da angústia: apenas sentimos que tem alguma coisa errada emperrando o fluir do dia. Outras vezes sabemos a razão, mas tanto nos dói pensar nela que a empurramos para o inconsciente e lá a deixamos até que sorrateiramente ela se instale em nosso consciente. E é quando isso acontece que temos de tomar decisões imediatamente: deixá-la por ali, crescendo, para solapar instantes preciosos de nossa vida ou buscar soluções para extirpá-la e dar espaço para as novas angústias que virão. Porque certamente não há dia sem a sua angústia.

Hoje é um desses dias, simplesmente porque hoje é sábado e sábado é um dia tão à toa, tão sem rotina que garante espaços bem grandes para a instalação de angústias. Um sábado sem alguma angústia certamente será um sábado não rotineiro.

Essa reflexão que agora me ocorre leva minha mente a concluir que uma pessoa desocupada é certamente uma oficina bem montada para as ações do diabo. E que as angústias são introduzidas em nossos corações sob a batuta desse Maestro do Mal. Haja então de se preparar para cada dia com trabalhos de tal monta que em momento nenhum permita ao coração permanecer vazio.

Lá fora brilha o sol e o tempo é típico de outono. Não temos aqui nessa parte do mundo outonos tão marcantes e bonitos quanto os do Hemisfério Norte. Mesmo assim o outono do tempo é a estação mais bonita do ano, tanto quanto deveria ser o outono da vida. Portanto é hora de fechar esta página e sair para rua para que a angústia que estou sentindo se dissolva no ar e volte só na segunda-feira quando vou poder acabar com ela de vez. Ou terça, ou quarta...


Nota do Editor: Maria Olimpia Alves de Melo (marilim.net) é de Lavras, MG.

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