Hoje, revendo meu álbum de figurinhas da copa de 82, e lá se vai tempo, senti algo quase inexplicável. Caso o "quase" não existisse, não existiria essa crônica também. Havia diversas páginas completas, inclusive os mascotes das principais seleções. Fiquei em transe, como o cheiro da época permanecia intacto nas simples folhas de papel. Alguns nomes, ainda estavam fresquinhos na lembrança. Meus olhos brilharam quando abri a página que continha "A seleção Brasileira de 82". Jogadores que, por alguns segundos, se evadiram do registro de papiro e me disseram:

- Nós fizemos o possível.

Não me senti aliviado, pois já sabia que, realmente tinham feito de tudo. Por uma partida, partiram mais cedo, e não tardou partir alguns corações brasilianos. Ficou um vazio. Uma falta, só não sei quem cometeu. Mas tudo isso, é só para ressalvar as figurinhas que ali não estavam. Dentre as 300, duas faltavam. Das quais, não tiro o olho, alegando falta de empenho em completar o álbum. Cheguei a conclusão que, em uma multidão, a falta faz falta.

Obs: Se, Sulakvelidze e Van Den Bergh me dessem ouvidos eu diria:

- Eu fiz o que pude...