De acordo com estudo publicado pela American Heart Association, problemas de ereção podem indicar que o coração também está em risco. O estudo, que avaliou 1.519 pacientes em 13 países, revelou que homens que sofrem de impotência são até duas vezes mais propensos a sofrer um ataque cardíaco.

Quem vem primeiro - O urologista Rogério Vitiver, da Clínica Miletto – em Brasília, esclarece que a disfunção erétil é um problema multifatorial, mas em muitos diagnósticos as doenças cardiovasculares estão por trás do problema. “Há os casos nos quais há falhas de bomba – patologias cardíacas intrínsecas – e outros nos quais a doença aterosclerótica está presente – causando endurecimento das paredes arteriais por depósito de gordura. Ambas as situações ocasionam alteração na perfusão sanguínea via artéria peniana”, explica.

Os números são contundentes: trabalhos mostram que a disfunção erétil está presente em 64% dos pacientes com doença cardíaca isquêmica (infarto) e em 57% dos candidatos a cirurgia cardíaca ou angioplastia. Esses dados reforçam os riscos do uso de medicações para disfunção erétil sem a adequada avaliação médica.

“Assim que o homem sente dificuldade para iniciar ou manter a ereção com qualidade suficiente para sustentar a relação sexual, o correto é procurar assistência especializada. Para o diagnóstico, o urologista realiza exame clínico, que pode ser seguido de testes laboratoriais para avaliação metabólica e hormonal”, orienta Dr. Vitiver.

O tratamento é individualizado, variando desde aconselhamento, passando por reposição hormonal e até uso de medicamentos orais ou injetáveis. Segundo Dr. Vitiver, a prevenção ainda é a melhor medida: “O ideal é adotar um estilo de vida saudável, com prática regular de atividade física, controle do colesterol e da taxa de glicemia, consumo moderado de álcool e distância do cigarro”.