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Opinião
05/05/2011 - 11h29
Depois da morte de Bin Laden...
Dirceu Cardoso Gonçalves
 

Perplexo, o mundo vive a grande ressaca da morte de Bin Laden, transformado no temido inimigo público número um do Ocidente, após os ataques de 11 de setembro de 2001. Os norte-americanos – especialmente os novaiorquinos – que, aterrorizados, sentiram sua ação sobre a própria cabeça e em clima do orgulho nacional, comemoraram o seu extermínio. Esqueceram-se, até, dos requisitos de comedimento humanitário e da não-vingança que as sociedades pregam, muitas vezes hipocritamente. Festejaram a morte, mesmo com toda a contradição que isso traz e, agora, certamente entrarão num período de autocrítica e, finalmente, retornarão à normalidade da suas vidas.

A magnitude do agravo cometido pelo extinto e suas continuadas ameaças podem até justificar os possíveis excessos post-mortem. Mas os americanos e o próprio mundo não devem perder a oportunidade de estudar, com a maior profundidade e responsabilidade, todos os aspectos e pormenores causadores do problema. Analisar à exaustão e com todos os recursos disponíveis, as origens, a vida e as teses defendidas pelo mega-terrorista e, principalmente, as variáveis que o levaram a adotar o tresloucado radicalismo quando, sabidamente, possuía cultura e recursos suficientes para viver bem em qualquer parte do mundo.

Toda grande ruptura deve servir como exemplo e alavanca para o progresso da humanidade. Embora a morte de Bin Laden não represente o fim de sua rede terrorista – que pode retaliar, conforme admitem as próprias autoridades norte-americanas –, pode ser o oportuno ensejo para mobilizar sem paixão as inteligências mundiais no estudo do comportamento, cultura e desejos de nações, blocos, instituições e religiões, com o objetivo de buscar as convergências e mitigar as divergências. A observação do conjunto de interesses, das possibilidades e a projeção de possíveis somas de propósitos conciliatórios de forma a evitar o confronto é do mais alto interesse da humanidade, vítima constante dos fundamentalismos e intolerâncias.

O planeta é, frequentemente, sacudido por atentados e comportamentos violentos justificados por questões étnicas, religiosas, políticas e econômicas. São milhares de vidas que se interrompem prematuramente, para sofrimento de famílias, cidades, países e da população como um todo. É preciso buscar, incessantemente, o ponto de equilíbrio e a via pacífica.

Bin Laden matou quase 3 mil norte-americanos nos ataques de dez anos atrás. Agora os norte-americanos o mataram. O mundo tem o dever de trabalhar para evitar que na seqüência venham seus seguidores a matar e as idas e vindas não tenham fim. É preciso lembrar que, mesmo as mais extremadas facções e países dizem agir em busca da paz. Logo, a paz é o objetivo e a guerra deve ser a exceção. Que o mundo trabalhe, com todo vigor e competência, pela paz... Só pela paz, jamais pela guerra...


Nota do Editor: Dirceu Cardoso Gonçalves é tenente da Polícia Militar do Estado de São Paulo e dirigente da ASPOMIL (Associação de Assist. Social dos Policiais Militares de São Paulo).

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