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Opinião
06/05/2011 - 15h07
Quando é hora de falar de dinheiro com seu filho?
Dora Ramos
 

Essa é uma dúvida recorrente entre os pais com filhos das mais diversas idades. Existe momento e jeito certo para falar de controle financeiro ou mesmo dar mesada para as crianças e adolescentes? Neste aspecto, cada família age de maneira diferente, tendo influência da forma como foram criados, da classe social e também das experiências ao longo da vida.

Alguns acreditam que as crianças não devem ter contato com dinheiro, consumismo ou capitalismo. Outros até incentivam os filhos a pagar algumas compras como se fosse com o próprio dinheiro, buscando incentivar a autoconfiança e a independência. Já a maioria das famílias, ensina-os a poupar guardando as moedas em “cofrinhos”.

Um último exemplo que quero comentar é o de pais que usam o dinheiro como compensação por alguns atos positivos dos filhos como obediência e estudo, por exemplo. Essa é uma forma de eles entenderem que ganhar dinheiro nem sempre é fácil, porém, a compensação é uma das mais eficientes maneiras de estimular o consumismo por parte dos pequenos. Depois, não adianta reclamar que eles querem tudo quando vão com você ao shopping ou ao supermercado.

Para as crianças, os pais são uma fonte inesgotável de dinheiro, ficando difícil compreender quando não se pode ter algo. Além do mais, quando educados desta maneira, eles aprendem que devem gastar e comprar tudo o que podem, desenvolvendo a vontade de adquirir ainda mais verba para gastar. Fiquem atentos quanto a isso, pois, deixando de lado os fatores externos, as conseqüências podem permanecer quando eles crescem, tornando-se verdadeiros consumistas.

Já o segundo caso apresentado, pode até ser benéfico na educação financeira, mas deve ser usado com moderação. É bom para as crianças ter o incentivo dos pais para agir da mesma maneira que eles, pois se sentem importantes e orgulhosos com a confiança depositada. Caso eles já entendam como funciona essa relação de troca por mercadoria, deixe que ele pague ao balconista de vez quando.

Quando for utilizar o cartão ou cheque, explique à criança do que se trata. Diga que trabalhou, ganhou certa quantia e a colocou lá dentro, mas que cada vez que passa na “maquininha”, seu dinheiro vai acabando. Assim, eles entendem que não se trata de uma fórmula mágica, mas há uma limitação naquela ação.

Alguns anos depois, quando seu filho chegar na pré-adolescência, passe a incluí-lo no planejamento doméstico. Não se trata de um acompanhamento da conversa, apenas, mas de uma participação ativa nas decisões familiares, principalmente quando o assunto é economizar ou sugerir melhorias. Além de conscientizá-lo quanto aos gastos, traz mais confiança, incentiva o poder de decisão, a criatividade e a aceitação de pedidos negados quando for o caso.

Por fim, acredito que não há uma regra na educação financeira dos seus filhos, é possível dar direcionamentos, mas é você quem tem que avaliar os prós e contras, tendo sempre bom senso. Reflita sobre e quando é o melhor momento de falar do assunto, que é muito importante para saber lidar com gastos futuramente e estimular características para o crescimento pessoal.


Nota do Editor: Dora Ramos atua no mercado contábil-administrativo há mais de vinte anos. É fundadora e diretora responsável pela Fharos Assessoria Empresarial (www.fharos.com.br).

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