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Opinião
10/05/2011 - 07h02
O mundo (não) está perdido
Dirceu Cardoso Gonçalves
 

É freqüente encontrarmos as pessoas reclamando da violência, das catástrofes e das muitas coisas do cotidiano. Essa postura quase generalizada produz danos ao chamado inconsciente coletivo e pode levar os indivíduos ao pessimismo e até à depressão, com sérios prejuízos para o desempenho pessoal e do conjunto. O fenômeno deve ser cuidadosamente analisado para que, em vez de nos prejudicar, dele possamos tirar proveito.

A sensação catastrófica vem de diversas variáveis. O Brasil mais que dobrou a população nos últimos 40 anos. Outras nações “em desenvolvimento” também tiveram altas taxas de crescimento populacional, justificando o aumento proporcional das ocorrências boas e más. Mas o avanço da tecnologia e das comunicações – satélites, TVs e rádio em rede, internet, telefones celulares, jornais, revistas e outros – transformaram o mundo na chamada “aldeia global”, onde se assiste em tempo real os acontecimentos de todo o planeta.

A geração que viveu sua infância e juventude nos anos 50 e 60 do século passado ainda lembra que, naquela época, quando a família estava com boa situação econômica, o máximo que havia em casa era um rádio, um televisor preto-e-branco e um telefone que levava horas para completar uma ligação interurbana. Só a partir dos 60 que foram surgindo os rádios de pilha, os satélites de comunicação, a TV em cores e tudo o mais. Naquele tempo, para se assistir ao concurso de miss universo – coqueluche da época em que brasileiras participavam – era preciso esperar de um dia para outro porque os tapes eram trazidos pela Varig, em vôos que demoravam pelo menos 12 horas, quando não atrasavam. Diferente do que ocorreu na Guerra do Golfo, em 1990, cujos ataques o mundo assistiu ao vivo, pela televisão. Naqueles chamados “anos dourados”, a propagação de uma informação demorava dias e muitas delas não passavam do âmbito regional. Logo, as catástrofes também existiam, mas não havia a cobertura jornalística imediata e abundante de que hoje o mundo dispõe.

A tecnologia é, sempre bem-vinda. Sua chegada, no entanto, pode provocar dificuldades que a própria sociedade tem a obrigação de resolver. Essa sinistrose que observamos na população é um efeito colateral que precisa ser devidamente contextualizado. Catástrofes e desgraças existem desde que o mundo é mundo mas, durante séculos, ficaram restritas ao ângulo visual. Hoje, com os potentes meios de comunicação, ganham exposição mundial. Essa é uma verdade de que a população tem de ser alertada. Todo indivíduo tem de ser preparado para receber tudo o de bom que a comunicação abundante pode oferecer: informação, cultura, educação, orientação de saúde e segurança, entretenimento etc. O quadro das catástrofes e coisas ruins existe, mas é apenas um entre tantos outros que compõem o mosaico das nossas vidas...


Nota do Editor: Dirceu Cardoso Gonçalves é tenente da Polícia Militar do Estado de São Paulo e dirigente da ASPOMIL (Associação de Assist. Social dos Policiais Militares de São Paulo).

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