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Opinião
12/05/2011 - 07h05
A volta da inflação
Dirceu Cardoso Gonçalves
 

Os sinais vermelhos da economia brasileira têm sido acionados nos últimos meses. A continuar a alta de preços registrada no primeiro quadrimestre e no início do quinto mês do ano, a inflação explodirá, colocando ladeira abaixo todos os esforços de estabilização empreendidos desde 1994, quando foi lançado o Plano Real. É uma verdadeira encruzilhada que se apresenta à presidenta Dilma Rousseff e à sua equipe econômica. Pegam o rumo responsável e talvez menos populista ou, se quiserem, lançam-se no perigoso pântano rumo à espiral inflacionária que tanto mal já fez ao país.

Desde o ano passado, o governo é alertado para a necessidade de adotar efetivas medidas de combate à inflação, mas não tem dado muita atenção ao problema. Depois de afrouxar o crédito para enfrentar a crise internacional, deixou as torneiras abertas e passou a esvaziar o reservatório da economia.

Além do populista crédito fácil e abundante, ainda tivemos a alta do etanol, que puxou para cima o preço da gasolina e pode levar a uma elevação generalizada de preços, pois todo o mercado depende do transporte. Já passou da hora de o governo criar estoques reguladores de etanol para evitar a oscilação de preços durante a chamada entressafra - de novembro a abril -, quando as usinas e destilarias estão paradas. Isso certamente contraria os defensores da chamada “livre economia”, mas é do mais alto interesse do país, que encontrou a alternativa à gasolina mas está vendo sua credibilidade escapar em razão da política de lucro e pressão dos produtores.

Apesar da gênese da nova economia brasileira estar lastreada na desindexação de preços, ainda vemos setores trabalhando no antigo formato de se proteger em relação a eventos futuros. Isso não pode continuar, pois é o combustível inflacionário.

O governo tem a difícil tarefa de segurar a inflação e ao mesmo tempo garantir a atividade econômica. É um trabalho extremamente sensível porque os segmentos agem antagonicamente. Para diminuir um pouco a pressão e ter mais espaço para agir, o ideal seria desonerar a tributação e as taxas do chamado Custo Brasil. Medidas de que carecemos urgentemente para evitar o pior.

Uma das ações que a presidenta e seu governo poderiam executar, com o aplauso geral da nação, é chamar à responsabilidade os 4 mil prefeitos que estão em Brasília na luta pela liberação de R$ 28 bilhões em verbas federais. Entregar-lhes apenas aquilo que se relacione diretamente com obras de interesse do povo e adverti-los de que nenhum recurso público deve sustentar ou favorecer as campanhas de reeleição que já se deflagram nos municípios. Questão de estabilidade econômica e dignidade política...


Nota do Editor: Dirceu Cardoso Gonçalves é tenente da Polícia Militar do Estado de São Paulo e dirigente da ASPOMIL (Associação de Assist. Social dos Policiais Militares de São Paulo).

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