- Olha o tomate. Tá baratinho. - Moço, posso lhe dizer uma coisa? - Quer um... dois quilos de tomate? Tá baratinho. - Não, não é isso! - Não quer comprar tomate? Mas tá baratinho! - Só quero dizer algo ao senhor. - O senhor achou que não tá baratinho? - Não é isso, meu senhor... - Só um instante... ei, senhora, olha o tomate. Tá baratinho. - Dois quilos. Obrigada! Aqui está o dinheiro. - Tá baratinho... baratinho... - Um quilo, por favor! - Certo, freguês, tá baratinho... - Obrigado. Me arruma mais uma sacola. - Tomate, tá baratinho... barati... nho. O senhor ainda está aí? - Posso falar agora? - Quantos quilos de tomate? Tá baratinho. - Não quero tomate!!! Ouviu agora? - Mas você está numa banca de tomate, na feira! - Só quero falar com o senhor. - Não sou terapeuta... - ...? - Só vendo tomate. Tá baratinho! Ei, freguesia, olha o tomate! Tá baratinho.
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