O problema do Palocci é que até agora ele não conseguiu uma explicação crível. E nem adianta fazer malabarismos, pois não há explicação convincente num caso escabroso como este. Não é por outra razão que só lhe resta fugir da convocação dos parlamentares. A questão central é a seguinte: como é que ele, ao mesmo tempo em que era Deputado e integrante da Comissão de Fiscalização e Finanças da Câmara dos Deputados, além de ser também uma pessoa influente nas decisões do governo, "operava" numa empresa de consultoria ‘econômica’ de sua propriedade e que funcionava praticamente na clandestinidade? O conflito de interesses é flagrante e absurdo! Ademais, a situação do Palocci é totalmente distinta daqueles outros economistas que ele evocou em sua defesa. Aqueles foram pra iniciativa privada às claras e nunca exerceram atividade parlamentar. Por fim, solicito ao Ministro que nos ensine como ganhar tanto dinheiro em tão pouco tempo, já que foi tudo lícito e ético, como ele afirma. Nota do Editor: Rodrigo Borges de Campos Netto é cientista político.
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