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Crônicas
21/05/2011 - 15h01
O arco-íris
Mário Silva
 

Quando a tempestade passou, felicidade e esperança ficaram no ar.
O sol luminoso, o céu azul brilhante com pouquíssimas nuvens brancas, deixou a atmosfera com a maravilhosa sensação de bonança.
A natureza parecia em festa, as plantas brilhavam transmitindo muita alegria.
Um arco-íris deslumbrante marcou o firmamento.
Extasiado contemplava a perfeição das cores.
Gabriel com os olhos brilhando me pergunta:
- Vô, foi o Papai do céu que fez o arco-íris? - Respondi:
- Sim.
Gustavo também com brilho nos olhos, questiona:
- Papai do céu é que fez todas estas cores?
Compreendendo que as crianças na sua inocência e pureza enxergam muito além da minha visão, respondi:
- Papai do céu fez todas estas cores e formou este arco maravilhoso para nos lembrar do amor que ele tem por nós.
Os meninos falaram juntos:
- Mas é muito lindo.
Ficamos um bom tempo contemplando e nomeando as cores.
Então falei:
- Dizem que no fim ou começo do arco-íris tem um tesouro.
Ele curiosos, me perguntaram atropelando as palavras:
- Um tesouro, Vô? E como é esse tesouro?
Expliquei:
- Na verdade ninguém sabe, uns dizem que é história do povo, outros dizem que são pepitas de ouro.
Perguntaram:
- Como assim, Vô? Ouro igual às alianças da mamãe e do papai?
Falei:
- Acho que sim.
Gabriel depois de fazer um breve silencio, pediu:
- Vamos ao começo do arco-íris para encontrar este tesouro...
Lutei contra os meus conceitos de impossível, entendendo que no mundo infantil não existem o improvável ou irrealizável, respondi convicto:
- Vamos.
Eles fizeram uma pequena festa e cantaram:
- Vamos encontrar o tesouro do arco-íris... Vamos encontrar o tesouoooro.
Os dois cachorros de porte médio do amigo Sr Leandro, o Pit e o Branquinho, contagiaram-se com a alegria das crianças e resolveram nos seguir.
Estampavam nos focinhos e olhos a alegria de quem vai a uma grande aventura.
Seguimos uma trilha no meio do parque em direção ao início do belíssimo arco-íris.
A natureza em festa parecia que nos saudava.
Borboletas de cores luminosas esvoaçavam à nossa volta.
O capim e as plantas que as crianças tocavam, respondiam ao carinho, emitindo perfumes do mato.
A grama ainda úmida brilhava com a luz solar, causando a sensação que caminhávamos sobre um tapete brilhante.
O canto das cigarras, os meninos cantando e outros sons do mato embalavam nossa caminhada.
Branquinho e Pit, os dois cachorros felizes saltitavam em torno de pequenas árvores.
Quando terminamos uma pequena subida e começamos a descer.
Gabriel gritou bem alto.
- Olha Vô, o tesouro do arco-íris!
Gustavo também gritou:
- Veja Vô, é igual ao ouro!
Procurei esvaziar minha mente de qualquer trava.
E aos poucos visualizei as cores intensas e incomuns em torno das plantas.
Fiquei boquiaberto com a beleza das cores.
Um arco-íris jamais visto por meus olhos inundou a planície.
Percebi que eram flores, que formavam faixas do arco-íris.
Bem no meio se destacou uma pequenina montanha amarela faiscante.
Abobado, de mão dadas com os meninos, segui em direção a pequena montanha.
À medida que seguíamos, o vermelho nos tomou totalmente, depois o laranja.
Quando nos aproximamos do amarelo, varias crianças apareceram dando as mãos aos meninos e brincando com os cachorros.
Rodearam-me, procurei agir com naturalidade e respirei fundo para manter o equilíbrio
Minhas pernas tremiam de emoção.
Fiquei meio zonzo com a beleza das crianças.
As risadas infantis encheram de ternura a atmosfera.
Não consegui me manter de pé e sentei na grama.
Não sabia se apreciava as crianças ou as flores amarelas faiscantes.
Gustavo e Gabriel vieram me apoiar dizendo:
- Viu Vô, o tesouro são flores amarelas.
Uma menina do tamanho deles se aproximou e falou com uma voz doce e feliz:
- Estas flores acompanham o arco-íris. Depois vamos ver as flores das outras cores, azul, verde, anil e violeta.
Fizeram uma roda e começaram a cantar uma canção desconhecida.
Fiquei admirado, na canção não havia palavras articuladas, somente sons, e meus netos a conheciam muito bem.
Fiquei a me perguntar...
- Como sabem esta canção?
Deixei as lágrimas rolarem pelo meu rosto.
Olhei para o céu azul e agradeci ao Pai Celeste a felicidade, de por instantes viver a magia do mundo infantil.

Assim conhecer o tesouro no fim do arco-íris.

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