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Medicina e Saúde
30/05/2011 - 18h00
O risco do botulismo
 
 

A doença é rara, mas muito letal. Em março deste ano foi notificada à Coordenação de Vigilância das Doenças de Transmissão Hídrica e Alimentar do Ministério da Saúde - COVEH/SVS/MS - a ocorrência de cinco casos e um óbito, na cidade de Araguari (SC), devido ao botulismo causado por ingestão de mortadela com toucinho.

Jaime Rocha (CRM 17.227), infectologista do Bronstein Medicina Diagnóstica / DASA, explica que o botulismo é uma intoxicação alimentar originada por uma bactéria. Quando as toxinas da bactéria Clostridium botulinum são absorvidas pelo aparelho digestivo, entram na corrente sanguínea, atingem o sistema nervoso e interferem na comunicação entre as células nervosas, resultando em enfraquecimento das funções vitais e paralisia muscular. Rocha afirma que a bactéria causadora da doença é encontrada no solo, em produtos agrícolas, na água e no trato gastrointestinal dos animais. “A Clostridium botulinum se desenvolve em ambientes sem oxigênio e, por esta razão, é encontrada com facilidade em alimentos enlatados ou embalados a vácuo. Tampas estufadas podem ser indício da presença da bactéria”, afirma.

O infectologista destaca alguns alimentos ligados à doença: embutidos de carnes em geral; conservas em lata e vidro de doces, hortaliças, legumes (palmitos, aspargos, cogumelos, alcachofra, pimentões, berinjelas, alho, picles etc.); peixes e frutos do mar, especialmente acondicionados em embalagens submetidas a vácuo. “Principalmente as conservas de vegetais exigem processos cuidadosos de processamento, como lavagem e desinfecção dos alimentos, acidificação e salmoura adequadas, enfim, condições higiênico-sanitárias adequadas, licença e registro na Vigilância Sanitária”, ressalta.

Os sintomas desta intoxicação são manifestados entre 12 e 36 horas após a ingestão do alimento e são variados. “Aversão à luz, dificuldade para engolir, vômitos, secura na boca e garganta, paralisia respiratória, constipação intestinal e retenção de urina podem ocorrer”, ressalta. O diagnóstico pode ser obtido por meio dos sinais e sintomas, por exame de sangue e por testes complementares nos alimentos suspeitos. O tratamento é realizado por meio do soro antibotulínico, que atua obstruindo a toxina que circula no sangue, impedindo-a de se alojar no sistema nervoso.

O botulismo é uma doença que comumente pode levar à morte e o seu tratamento exige a internação em unidades de terapia intensiva, por tempo prolongado, dependendo da gravidade do quadro e da precocidade do atendimento médico em relação ao início dos sintomas. “Por isso, os familiares dos doentes são extremamente importantes para prevenir ou detectar precocemente o surgimento de um ou mais casos de botulismo. Deve-se identificar aqueles que fizeram ingestão comum dos alimentos, orientá-los quanto ao aparecimento de sinais e sintomas e a procurar urgentemente os cuidados médicos ao primeiro sinal”, afirma.

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