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Opinião
02/06/2011 - 07h00
A descriminalização da maconha
Dirceu Cardoso Gonçalves
 

A descriminalização da maconha, na forma simplória que tem sido defendida, é uma afronta à sociedade, que empenhou mais de meio século no combate à erva alucinógena. Não podemos ser céticos a ponto de ignorar as possíveis qualidades medicinais do produto atestadas por renomados profissionais, mas a razão nos leva a crer que seu emprego terapêutico jamais será no formato de “pacau” ou “bagana”, os populares nomes dados ao cigarro de maconha.

Também não é de nosso conhecimento que alguém, por usar a droga, tenha galgado a presidência da República, governos de estados ou outros altos postos da política ou da sociedade. Se o fizeram, foi na mais absoluta discrição e sem registros oficiais. Mas, em contrapartida, todos conhecemos a desgraça que se abate sobre milhares de jovens – especialmente os pobres – que enveredam pelo caminho dos entorpecentes. Eles começam pela maconha e, depois, em busca de novas emoções, partem para a cocaína, o crack e outras substâncias que os tiram da realidade e jogam no fundo do poço. Muitos deles até querem retornar à condição de “careta”, mas não conseguem sem ajuda especializada, que custa caro e suas famílias não têm condições de pagar.

Em vez de fazer campanha pela descriminalização, as personalidades nacionais e internacionais que hoje se ocupam do tema fariam melhor se canalizassem suas forças para o socorro às vítimas. Usassem todo seu prestígio para cobrar do governo e alavancar ONGs capazes de oferecer tratamento aos jovens pobres que se afundaram na própria maconha, no crack, na cocaína e até no álcool e no cigarro que, apesar de legais, também são drogas, viciam e provocam danos incomensuráveis.

Descriminalizar a maconha representa abandonar à própria sorte milhares de brasileiros e brasileiras que já se viciaram e precisam de uma oportunidade para retornarem à vida normal. Mais que isso, é um prêmio aos traficantes, que ganham muito dinheiro à custa do descaminho dos jovens e da desagregação da família.

Em vez de legalizar a droga, precisamos encaminhá-la para a confecção de medicamentos que possam ser elaborados a partir do seu princípio ativo e combater sem trégua o seu uso marginal. Proteger e amparar o viciado e perseguir sem qualquer concessão o tráfico. Hospital para o viciado e cadeia para o traficante.

Quanto às personalidades que embarcam na tese descriminalizadora, que se cuidem, pois elas próprias poderão ser vítimas dessa liberalidade desmedida e libertina. O ex-presidente FHC, que nos últimos dias pugnou pelo tema, deve cuidar-se para não manchar sua vitoriosa jornada. Pelo visto, dona Ruth está a lhe fazer mais falta do que todos nós imaginamos...


Nota do Editor: Dirceu Cardoso Gonçalves é tenente da Polícia Militar do Estado de São Paulo e dirigente da ASPOMIL (Associação de Assist. Social dos Policiais Militares de São Paulo).

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