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Opinião
04/06/2011 - 17h02
Cartões: o valor do seu design
Angelo Garcia
 

Os cartões de crédito e débito conquistaram seu espaço. Desde o primeiro cartão de crédito lançado no Brasil, em 1956, com a bandeira Diners que, na época, era um cartão de compras apenas aceito em seletos restaurantes, passando pelo primeiro cartão de débito, lançado Banco Bradesco, até o boom de opções que presenciamos atualmente, podemos observar o quanto o meio de pagamento foi bem recebido no Brasil.

Os cartões evoluíram muito desde então, assim como o seu design que passou a ser um importante atributo para seu sucesso. O cliente tem que se identificar com o cartão e o designer precisa conhecer bem cada público. Há certos públicos para os quais o design pode ser decisivo para o sucesso ou fracasso do cartão. Um deles, por exemplo, é o universitário. Se este público, por algum motivo, rejeitar o design do cartão, não haverá ação de marketing que possa fazê-lo mudar de ideia. Desenvolvemos, certa vez, uma linha de cartões de crédito para universitários. Como diferencial, definimos quatro perfis de público: tecnológico, antenado, baladeiro e público feminino. Para cada um deles foram desenvolvidas opções que iam desde fundos holográficos até tintas que brilhavam no escuro. O projeto foi um sucesso. Outro cartão que obteve um grande sucesso foi o do Instituto Ayrton Senna. Para este cartão, chegaram a ser desenvolvidos mais de 90 layouts, até chegar-se à solução final.

As bandeiras investem pesadamente no design dos cartões e, a todo o momento, introduzem diferenciais que agregam valor ao produto. A última tendência são os cartões que o cliente pode enviar uma foto tirada por ele mesmo para aplicar no fundo do cartão. Segundo a Associação Brasileira de Créditos e Serviços (ABECS), existem cerca de mais de 628 milhões de cartões em circulação no País. Isto significa que é um mercado com uma demanda latente e que possui um grande espaço para criar, inovar e introduzir novos conceitos.

Para a classe A, as bandeiras já lançaram os cartões “top de mercado”, introduziram a cor preta, a laminação fosca e materiais metalizados para criar um objeto de desejo. Mas, daqui a pouco, todo mundo vai ter um cartão preto fosco. O que fazer então?

O cartão de crédito nada mais é do que uma embalagem, só que de um serviço. Como toda embalagem, precisa estar mudando constantemente, acompanhando e criando novas tendências.

A última pesquisa do Ibope com o Target Group Idex, divulgada no final do ano passado, entrevistou cerca de 20 mil pessoas e apontou que a participação do cartão de crédito ou private label entre os meios de pagamentos utilizados pela classe C aumentou de 45%, em 2005, para 53% em 2009.

Qual o objeto do desejo deste público em termos de design de cartões? Na verdade, ainda precisamos aprender muito com eles e só vamos conseguir investindo em design.

A mesma pesquisa indica que a tendência de posse e o uso do cartão de cartão de crédito na classe C aumente ainda mais nos próximos anos. Estima-se que a classe C tenha quase 100 milhões de pessoas, ou seja, mais da metade da população do País.

Tente imaginar, quantos cartões são emitidos por ano apenas pelos quatro maiores bancos do Brasil. Por que não fazer cartões com plástico biodegradável? É uma atitude bem simples, mas que pode gerar um enorme retorno em termos de imagem para as instituições. A matéria prima já está disponível.

Já entre as classes D e E, o uso do cartão aumentou de 28%, em 2005, para 31%, em 2009. Nas classes A e B, o crescimento da utilização do cartão também continua acelerada. Em 2005, 66% da população pertencente às classes A e B utilizavam cartões de crédito e private label. Em 2005, este número chegou a 74%. Ao todo, a pesquisa mostrou que 57% da população possuem cartão de crédito.

Como mostram os dados, a tendência é o uso do chamado “dinheiro de plástico” continue em constante aceleração e ganhe cada vez mais adeptos. Em um mercado promissor, o design aparece como o diferencial entre tantas opções e para todas as classes sociais. O design deve levar opções aos bancos ou às bandeiras com o objetivo de atender às necessidades de cada perfil de cliente. Cabe à instituição criar produtos adicionais que atraíam e fidelizem os consumidores.

O design é um grande aliado nesta trajetória. Com ideias inovadoras e criativas é possível oferecer opções atraentes, simples e funcionais, diferenciar-se, fidelizar e ainda agregar valor à marca.


Nota do Editor: Angelo Garcia é diretor da Cauduro Associados, empresa especializada em Branding e Design.

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