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SEÇÃO
Crônicas
14/06/2011 - 10h02
Cadê Helena?
Nélia Cristina de Carvalho Santos
 

Um belo dia você está andando pela rua, pensando no que fazer, quando uma pessoa vem sorridente em sua direção e te cumprimenta com um forte abraço, daqueles cheios de saudades. Você, surpreso e desorientado, corresponde aos sorrisos e abraços, ansioso para lembrar-se: “de onde conheço esta pessoa, e quem é?”

A pessoa começa o questionário: “Como você está? E seus pais?” Neste momento você vasculha no arquivo de sua memória as fichas dos que conhecem seus pais e... nada! Aguarda mais uma pista. “E a Helena?” Aí, você congela o sorriso e, em tempo recorde, encontra uma Helena entre seus conhecidos. Titubeante você responde: “A tia Helena vai bem.”

Para sua angústia a pessoa te interrompe dizendo: “Não, a Helena do colégio, que sentava ao nosso lado”.

Uma pista grande. A empolgada pessoa deve ter sido colega de escola. “Mas qual escola? E que raio de Helena que ainda não se lembrava?” Com a velocidade de 3G você, para não perder nenhum momento, volta até a pré-escola (considerando que já passou dos 40, vamos combinar que é uma viagem e tanto) “Helena... de quê? De quem? De onde?”

A pessoa, percebendo que você está fazendo cara de senil, te ajuda na busca rápida. “Helena, de pernas tortas, com sardas e cabelo vermelho.”

Com aquela descrição ficou mais fácil. Devia ser alguma colega de atividade extracurricular. Você visualizava alguém e imagina... Curupira! Óbvio que não externou seu pensamento. Quando quase travava seu cérebro e, no momento em que você já se indagava se não estaria recebendo a visita constante do alemão Alzeimer, a “feliz” pessoa exclama: “Será que me confundi? Você não é fulano?”

Com um imenso bem-estar e com um sorriso dos mais saudáveis por entender que você não está de todo velho responde:

- Não, mas que Deus te ajude a encontrar toda sua “turma”.

Assim, como apenas uma “dica”, caso passe por situação parecida, cumprimente, mande lembrança a todos. Sempre temos alguém: parentes, amigos, vizinho, ao menos um animalzinho de estimação e saia rápido, fingindo pressa. Desta forma não correremos o risco de surtarmos tentando nos lembrar de alguém, nem causaremos constrangimentos aos que são impulsivos.

O triste é pensar a que “turma” a tal Helena pertencia e por quem fora confundida. A esperança é que, no mínimo, não tenha sido por nenhum caipora, saci, nem lobisomem.

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