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Crônicas
21/06/2011 - 11h10
Chegou a hora da fogueira...
Nélia Cristina de Carvalho Santos
 

Mas... que fogueira? As festas juninas estão cada vez mais distantes da manifestação cultural que foi um dia. Hoje, as escolas promovem festas que rolam ao som não mais de cai-cai balão e sim de Luan Santana. As crianças são espetáculos à parte.

Criançinhas do maternal, de dois a quatro anos, são cuidadosamente preparadas pelos pais. São impecavelmente arrumadas e colocadas no centro das atenções. E... choram, urram e não dançam. Não esboçam nem algo parecido com dança. Mas as professoras, ah! as professoras viram as protagonistas da festa. Dançam, fazem uma coreografia que se realmente fosse apresentada pelas crianças seria no mínimo engraçadinha, mas apresentada por adultos... é mais um mico (desculpe, um King Kong), a ser pago por estas profissionais tão pouco valorizadas financeiramente.

Os pais, animadérrimos, acham lindos seus pimpolhos que, àquelas alturas já estão com os bigodes borrados de tanto chorar. As fotos, filmagens irão guardar os momentos sublimes para possíveis análises psicológicas.

Passemos para as comidas típicas. Típicas?? De onde? Hot dogs, churrascos, refrigerantes, cervejas, algodão-doce, pastéis... Onde foram parar o milho verde, pés-de-moleque, canjicas, paçocas...?

Mas as biribinhas, estas estão sempre presentes e haja dinheiro para estourar nas mãos destes pequenos. Estalinhos são jogados por toda parte. Estouram o tempo todo e sempre tem aquele adulto que se empolga e pega os estalinhos aos montes e arremessa nas costas dos desavisados.

Quadrilha? Acredito que ultimamente tanto se fala em formação de quadrilhas que, por receio de confundir as quadrilhas, a dança foi abolida das festas, ao menos por aqui em Ubatuba, onde as danças são de moda, americanizadas. Duplas que aparecem e somem com a mesma velocidade.

Fogueiras? Com que madeira? Nem mesmo carvão. Em tempos de modernidade, não demora para que as festas se estruturem em torno de um grande aquecedor elétrico, com máquinas de quentão expresso, e micro-ondas aquecendo os agora “tradicionais” hot dogs. E, pior, não demora para que os santos conhecidos desta época: São João, São Pedro e Santo Antônio sejam substituídos por “Tins Tones” que só virão para recolher a “sacolinha”.

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