O Governo federal quer incentivar a regulamentação das "empresas" que estão na informalidade. Piada! Como identificá-las? A informalidade movimenta os porões da economia e alimentam, silenciosamente, milhões de bocas. Pouco a pouco, ocuparam o enorme espaço que está sendo deixado pelo sistemático desaparecimento das microempresas provocado por esta fatal concorrência. As micro, vão à falência, de fato. De direito, continuam existindo, estatisticamente, pela falta de recursos para cumprir e custear a burocracia para seu encerramento. As micro e pequenas empresas, com endereço certo, CNPJ e coisa e tal, estão juradas de morte. Sofrem ainda, como bode expiatório, todo tipo de coerção, pela burra legislação federal, estadual, municipal e seus implacáveis agentes. São tributações de toda ordem, licenças, alvarás, regulamentos, carimbos, posturas e, tudo que for possível (na verdade) para sua extinção. E o Lula lá! Pode-se constatar também, a prática sádica do gozo prazeroso, escondido pela máxima do "dever cumprido" dos referidos agentes e autoridades cumpridoras e executoras desta insensatez. A base dos 70% dos empregos formais do país, tem como seus algozes: a informalidade (dos que necessitam, somados aos que ali encontram só vantagens) e, os responsáveis (digamos legais) pela manutenção (e aparecimento) desta informalidade. Cômico e trágico. Leio o noticiário na pastelaria (adoro pastel) enquanto observo a inúmeras telas antimoscas exigidas pelas autoridades sanitárias, que chegam a sufocar o pasteleiro. Em frente, no calçadão, o hambúrguer e o bago de lingüiça, fritam e saltitam no bacon, na chapa preta e encardida do carrinho de lanches. No noticiário, letras garrafais informam o fechamento de uma casa noturna, pelos decibéis que incomodam seu vizinho. Neste mesmo instante, passa por mim uma bici-som com centenas de decibéis. Todos eles, muito acima da minha compreensão, para anunciar, se é que entendi, uma grande liquidação da Casas Bahia!!! A realidade está me tirando a vidência.
|