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Opinião
01/07/2011 - 07h00
Elas buscam sexo casual e desejam homens sarados
Arlete Girello Gavranic
 
Parte das mulheres assume comportamento similar ao masculino: a busca por corpos jovens e sarados quando o assunto é sexo casual

Em Insensato Coração, a Bibi é uma mulher bem resolvida que vive "pegando" garotões para uma transa e nada mais. As pessoas no geral só falam mal desse comportamento. Mas há vantagens para quem opta por esse tipo de sexo.

A personagem Bibi tem um lado decidido e determinado, porém, extravagante e mimado: uma característica egocêntrica bem forte, de que ’pode’ tudo - "eu sou o centro do mundo". Ela age de modo manipulador visando só o seu prazer.

Muitas mulheres precisariam aprender a ter uma certa dose de determinação como a demonstrada por ela em muitas situações. Por exemplo, ir à conquista de um objetivo é uma característica positiva de pró-atividade. Isso pode ser vivido também na esfera sexual.

Aos poucos a valorização do corpo masculino como objeto de desejo passa a ser incorporado na vida das mulheres de todas as faixas etárias.

Esse prazer pode ser intenso? Sim, muitas vezes é um pico de excitabilidade incomparável. Mas o que excita nem sempre é o sexo ou o encontro sexual, mas o processo de conquistar e dizer: “consegui”.

Mas o que chama atenção na personagem Bibi é que a excitação da conquista e o prazer rápido, intenso e furtivo também remete a um padrão de comportamento de mulheres que carregam conteúdos ocultos. Exemplos: mágoas de traição afetiva e sexual; ter visto a mãe ser traída em casa e com isso desacreditou na possibilidade de vínculos.

Muitas dessas mulheres desenvolvem um medo enorme de se envolverem afetivamente e passam a buscar relacionamentos mais excitantes do que envolventes ou interessantes, principalmente nos aspectos afetivos e existenciais. Se esse é o caso da personagem, só o autor sabe.

O prazer dessas relações pode ser intenso devido ao prazer da conquista, sentir-se poderosa, desejada. Isso dá uma alavancada na autoestima e um reforço na autoconfiança dessa mulher até um certo momento.

Existencialmente as pessoas - seres humanos - buscam vínculos de afetividade que tragam uma relação entre: existir, sentir e ser valioso para si e para o outro. Essa questão existencial não satisfeita pode levar à carência e ao desejo de não mais querer só uma aventura.

Riscos

É necessário o cuidado de nunca esquecer o preservativo, pois você não sabe nada da história dele e cuidar-se é primordial. Muitas mulheres ousam arriscar e contraem DSTs desnecessárias.

É preciso cuidado para não provocar nesse homem a sensação de homem-objeto. Isso pode desencadear em alguns um sentimento de agressividade ou vingança.

Algo fundamental que uma ’Bibi’ precisa, é aprender a perder. Nem todos cederão aos seus encantos e seduções, e aí é que a questão de valores, moral e equilíbrio psíquico entram em questão.

A manipulação feita por ela é um recurso escuso e nada tem a ver com poder de sedução, e sim com um traço de caráter manipulador. E pode não haver limites para não perder uma conquista: como destruir a vida do outro, seus vínculos familiares ou profissionais.

Viver uma sexualidade mais liberal, sem tantos envolvimentos e rótulos é possível, mas sem negar possíveis interesses afetivos e sem a carga de manipulação de quem não admite perder.

Prazer, sexo, sedução e conquistas são uma aprendizagem e não um jogo mimado. Perder faz parte do jogo da vida dos que estão em campo!


Nota do Editor: Arlete Maria Girello Tavares Gavranic é Psicóloga e Psicoterapeuta. Pós-Graduada em Psicopedagogia. Pós-graduada em Terapia e Educação Sexual pela Sociedade Brasileira de Estudos em Sexualidade Humana (SBRASH). Coordenadora do Semestre de Aprendizado Dirigido dos Cursos de Pós-Graduação Lato sensu em Educação Sexual da SBRASH. Coordenadora do 1º Ano Formativo dos Cursos de Pós-graduação lato sensu em Educação e Terapia Sexual. Co-autora do livro "Manual de Dinâmicas de Grupo". Mestre em Educação pela UNIP - Universidade Paulista.

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