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Opinião
03/07/2011 - 08h03
Ética, pressuposto do jornalismo
Ari Macedo
 

“Um jornal não deve publicar acusações não-oficiais afetando reputação ou caráter moral sem proporcionar a oportunidade do acusado ser ouvido; a prática correta exige a concessão de tal oportunidade de todos os casos de acusação séria fora de procedimentos judiciais”, escreveu um dos mais renomados professores de jornalismo, Philip Meyer, cuja a obra (A ética no jornalismo) serve como um guia para os estudantes da área.

A prática do jornalismo precisa ser independente e livre, mas acima de tudo responsável, decente e, sobretudo, imparcial. Dessas práticas não estão se valendo os jornais O Globo e Correio Brasiliense. Imperdoável. Os dois meios de comunicação usurparam as máximas jornalísticas.

Mas o leitor deve estar se questionando por que minha crítica aos dois jornais. Li, atentamente, as matérias “Nas mãos do suspeito” (Correio Brasiliense) e “Ministros do STF se mobilizam para impedir manobra pela impunidade dos réus do mensalão” (O Globo). As duas retomam notícias sobre o mensalão - legítimo -, mas acusam, peremptoriamente, o deputado João Paulo Cunha, não lhe concedendo a menor chance de defesa. As notícias vão em desencontro a um dos códigos de ética do jornalismo, o de ouvir o outro lado.

Não pretendo, neste espaço, descrever as duas matérias. Elas são de fácil acesso na internet e, cada leitor, poderá fazer a seu próprio julgamento sobre o que foi publicado nos dois meios de comunicação. Mas, é imprescindível analisarmos como os jornalistas se esqueceram da essência da ética, do comportamento correto.

O deputado João Paulo passou a ser perseguido por alguns meios de comunicação. É algo incompreensível. As matérias publicadas sobre ele são, plenamente, acusatórias. Me parece que parte da mídia brasileira torce para que o deputado renuncie, antes mesmo que lhe possibilitem a ampla defesa sobre as acusações judiciais que recaem sobre ele.

Isso é inaceitável. Os meios de comunicação não têm o poder de prejulgar ninguém. À mídia não deve ser facultado poder nenhum, pelo contrário, o excesso dele a transforma em soberba, soberana, autocrática.

Se o deputado João Paulo abusasse do cargo público para beneficiar-se, seria o primeiro a utilizar o espaço dos meios de comunicação para fazer as devidas críticas. Mas não é isso que ocorre. Como presidente da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania se encarregou de acelerar a análise de diversos projetos importantes para o país, sendo bastante elogiado pela condução dos trabalhos na CCJC.

Sobre o mensalão, especificamente, João Paulo não se recusa a esclarecer o assunto. Nos últimos meses, alguns veículos de comunicação (sérios) fizeram diversas entrevistas com ele, abordando o tema. Sem constrangimento, o deputado respondeu, claramente, a todas as perguntas.

Falta mais imparcialidade a alguns meios de comunicação. Tratar um fato com seriedade e não com total desrespeito. Se não for assim, além de ferir o código de ética, ainda colocam em risco a credibilidade jornalística.


Nota do Editor: Ari Macedo é jornalista e doutor em Ciência Política pela PUC-SP. Atualmente leciona no UNIFIEO.

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