Incontáveis são as situações que minha visão (ou a falta dela) juntamente com minha hiperatividade colocam a mim e ao meu amadíssimo marido. Sábado passado, um primo meu e sua família, vindos do interior para Ubatuba, combinou para que esperássemos por eles no trevo de Taubaté... aquele da estátua do Zecapão. Pois bem: ficamos estacionados próximos, em uma rua paralela a estrada. Como demoravam, liguei para perguntar onde estavam e a esposa dele me falou que já haviam descido a serra. Minutos depois “vi” um carro igual ao deles, que seria um Palio branco, passando por nós, e disse ao meu marido: - Eles não nos viram, atrás deles! E começou a perseguição, como em um filme hollywoodiano, liguei novamente e meu primo disse-me que acabara de passar pelo posto policial... como todo bom hiperativo, nem assimilei ele falando, logo deduzi que era o posto da polícia ambiental e já pedi que virasse à esquerda no semáforo. E viramos nós no semáforo, e eu afirmando que havia “visto” eles também virando logo a nossa frente. Já na avenida Rio Grande do Sul, meu marido constatou que o Palio branco que eu havia “visto” era um Peugeot 206 prata. Neste ínterim, meu primo que também ficou perdido com a dica de virar no semáforo, nos ligou novamente: - Não encontrei nenhum semáforo até agora, mas estou chegando no trevo! Às gargalhadas, comentei rapidamente que havíamos perseguido outro carro e ele, como um bom policial rodoviário federal que é, sugeriu imediatamente ficássemos estacionados próximos ao trevo que ele nos encontraria. Dito e feito, ele nos encontrou e o fato é que o dia começou e terminou com divertidos comentários sobre o episódio. Tudo tem o lado bom, não vejo muito bem, mas minha vida nunca cai na monotonia e consequentemente os que são próximos a mim também participam desta “alegria”.
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