É importante saber também os cuidados que deve ser tomados
A Escherichia coli (E. coli) é uma bactéria natural do sistema digestivo, encontrada no intestino de humanos e outros animais. Ainda que inofensivas, algumas bactérias dessa família podem causar doenças transmitidas por alimentos. É o caso da E. coli enterohemorrágica (EHEC), que provocou surto de infecção em países europeus e norte-americanos. Até o dia 24 de junho, a Organização Mundial da Saúde (OMS) contabilizou 45 mortes e 3.836 casos de contaminação, a maioria concentrada na Alemanha, tendo sido observado que grande parte das contaminações em outros países estava vinculada a pessoas que passaram pela região da cidade de Hamburgo. Apesar da grande abrangência de casos pela Europa, o Ministério da Saúde do Brasil não restringiu viagens ao Continente. Os principais cuidados para se prevenir da contaminação pela bactéria devem ser com a higiene e o manuseio de alimentos. “O importante é evitar comer alimentos crus, principalmente vegetais e produtos de origem animal”, recomenda Marielly Herrera González, enfermeira do SCIH do Hospital viValle (www.vivalle.com.br), em São José dos Campos. Em viagens internacionais, a atenção deve ser redobrada. Se houver contaminação, os sintomas podem demorar de três a oito dias para se manifestar. A recuperação do paciente, geralmente, ocorre em até 10 dias. Os sintomas são cólicas abdominais intensas, diarréia — com presença de sangue ou não — vômitos e febre. Há casos em que a infecção pode se agravar e evoluir para a Síndrome Hemolítica Urêmica (SHU). “Nesses casos, o paciente apresenta anemia, redução do número de plaquetas e falência dos rins”, explica a enfermeira do viValle. O combate à doença só pode ser feito em hospitais. “Por ser uma variação, a E. coli enterohemorrágica (EHEC) não é combatida com antibióticos comuns”, diz Marielly. Em casos de sintomas, o ideal é ir a um hospital para a aplicação de um antibiótico restrito ao uso hospitalar.
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