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Opinião
26/07/2011 - 13h01
Avós e a leitura: um hábito para a vida
Karine Pansa
 

Conservadores, brincalhões, moderninhos ou até bravos. Não importa, os nossos avós sempre são os melhores do mundo, os mais legais e os que fazem os melhores quitutes. O dia 26 é o Dia dos Avós e certamente eles, que tem um papel tão carinhoso na criação de cada neto, merecem um dia especial como homenagem.

Segundo a pesquisa Retratos da Leitura no Brasil, promovida pelo Instituto Pró-Livro, as mães são as maiores responsáveis por incentivar o hábito de leitura dos filhos. Essa revelação levou o IPL a promover várias campanhas para divulgar, agradecer e também estimular esse importante papel das mães na formação de leitores, mas isso também deve ser estendido às avós. Direta ou indiretamente, elas também são responsáveis por este incentivo. Assim, é criada uma tradição, como uma cultura familiar, transmitida de geração para geração. Porém, a pesquisa aponta também que apenas 2% da população geral de leitores no Brasil são idosos.

O estimulo a leitura deve acontecer durante todos os momentos da vida. O despertar desse prazer é fundamental na infância, mas é também uma grande descoberta na terceira idade. Além disso, estudos comprovam que este hábito, especialmente na maturidade, é um grande exercício para a mente, e o livro torna-se uma distração e “companhia” no dia-a-dia.

Apesar de representarem estes 2%, os idosos têm suas preferências. Segundo a pesquisa, além da Bíblia - o gênero mais citado - eles também gostam de ler livros religiosos e romances. Então, por que este índice ainda é baixo? Seria falta de políticas de incentivo, informação ou de obras que interessem a terceira idade?

Em grandes metrópoles, por exemplo, é comum ver grupo de mulheres ou casais da melhor idade irem ao cinema e participarem de excursões, ou seja, eles também se interessam por cultura e lazer. Por que o mesmo não ocorre com a leitura? Talvez falte criar políticas públicas, que incluam esse público na promoção de ações de leitura, seja junto a bibliotecas e até mesmo em unidades assistenciais ou de convivência para idosos.

Segundo o IBGE, a expectativa de vida aumentou para 73,1 anos, enquanto a taxa de fecundidade no País está em queda, principalmente na região sudeste - no Rio de Janeiro, por exemplo, é gerado cerca de 1,63 filho por mulher. Visto que a população idosa está cada vez maior, é de extrema importância incluir esse público nas políticas e ações voltadas ao fomento à leitura. Quanto aos livros, algumas editoras publicaram obras de interesse da terceira idade e muitas falam da relação entre avós e netos. Mesmo assim, é preciso que o mercado editorial veja a força deste segmento da população e que invista ainda mais nele.

O Instituto Pró-livro entende que o investimento e acesso à cultura nessa idade também devem ser prioridade, visto principalmente o papel que os avós têm na construção de valores familiares. No quesito leitura, quem sabe, os netos não possam inverter os papéis e incentivar seus avós a lerem um bom livro?!


Nota do Editor: Karine  Gonçalves Pansa é presidente do Instituto Pró-Livro (www.prolivro.org.br).

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