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Opinião
31/07/2011 - 17h00
Inquietação do mercado varejista
Reginaldo Gonçalves
 

A discussão gerada em torno do nome dos dois gigantes varejistas no Brasil, Pão de Açúcar e Carrefour, e a inviabilização do projeto, inicialmente descartada pelo Grupo Casino, continuam gerando inquietação no mercado doméstico. O setor, principalmente o segmento supermercadista, está em contínua mudança, e as forças praticadas pela concorrência - cada vez mais feroz - preocupa fornecedores: de um lado, porque terão de se profissionalizar e aumentar sua produção para atender os grandes gigantes; e de outro, os consumidores, cada vez mais exigentes.

Essas mudanças conjunturais tendem a acontecer em virtude de diversas situações que ocorrem na vida empresarial. Um exemplo: companhias que já não têm mais interesse em determinados segmentos, ou seu endividamento é tão alto que perdem competitividade com os demais concorrentes, levando a reduzir sua participação no mercado, vender a empresa ou, até mesmo, enfrentar a quebra ou falência.

Diante de toda essa situação, mesmo no uso de dinheiro público para que financie operações de fusões ou incorporações, a ideia inicial deveria ser a preocupação em manter empregos e a viabilidade da manutenção das organizações, para que houvesse a perenidade dos negócios, e não a quebra ou falência. Isso é traumático e, dependendo da região, poderá criar impactos negativos.

Na briga de gigantes, as micro, pequenas e médias empresas poderão conquistar um espaço não atendido por esses grandes grupos. Pode surgir, com essas grandes fusões ou incorporações, maior sinergia, aproveitando-se a mesma estrutura administrativa, transporte, locação etc., aumentando significativamente o resultado. Só que, quanto maior a estrutura, maiores seus custos e despesas e, consequentemente, terão de girar um volume de mercadorias muito maior para manter os custos e despesas fixas equilibradas e manter ou aumentar o lucro, que deverá ser distribuído aos seus acionistas.

As micro, pequenas e médias empresas poderão ter seu espaço no momento em que houver a parceria com os fornecedores menores, que não têm potencial para atuar nos grandes grupos e, normalmente, com um custo menor. Essa situação não significa que o consumidor sairá perdendo. Pelo contrário! Poderão gerar outros grupos de porte médio no futuro, o que acabará sendo importante no equilíbrio da lei da oferta e procura. Preocupar-se com o monopólio ou oligopólio é fundamental, mas alternativas de fortalecimento das micro, pequenas e médias empresas a se manterem e crescerem é função do governo. Essas empresas são responsáveis por uma significativa parcela dos empregos, reduzindo a informalidade, ainda preocupante no Brasil.

Para que haja esse equilíbrio, essas empresas de menor porte precisam profissionalizar-se, e é neste momento que entra o governo como coadjuvante (parceiro). Ele precisa fazer sua parte de modo responsável e procurar ter senso de justiça para minimizar os impactos negativos no uso dos recursos com fins políticos, sem a preocupação com o que é mais importante: o atendimento das prioridades da sociedade.


Nota do Editor: Reginaldo Gonçalves é coordenador do curso de Ciências Contábeis da Faculdade Santa Marcelina.

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