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Opinião
05/08/2011 - 17h00
De volta ao período colonial
Miguel Abdo
 

O que era muito comum nos tempos do Brasil colônia volta a ser realidade nos dias de hoje: um forte aquecimento do uso das riquezas minerais, da agricultura e pecuária e dependência enorme do exterior em se tratando de bens acabados.

O PIB brasileiro deve crescer em torno de 4% este ano, segundo analistas de mercado. Apesar da expansão, é importante olhar com muita atenção para este desempenho, afinal o Brasil apresenta indícios claros de um lento e doloroso processo de desindustrialização.

Esta desindustrialização é causada pelas altas taxas de juros, a forte valorização do Real, os pesados encargos trabalhistas e a alta carga tributária, entre outros fatores. Todos estes pontos juntos tiram a competitividade dos produtos nacionais e favorecem a entrada de produtos importados, como os chineses.

Muitas empresas estão descontinuando linhas de produção por pura falta de competitividade local. Como exemplo, cito a empresa Texfibra, indústria têxtil do interior de São Paulo, que recentemente demitiu funcionários e, segundo reportagem do jornal O Liberal, registrou queda na produção por conta da falta de competitividade frente aos produtos chineses e altos custos de produção, como de energia.

A balança comercial do País é outro fator que precisa ser analisado. Apesar de registrar superávit comercial (a balança comercial brasileira registrou saldo positivo de US$ 15,717 bilhões, com exportações de US$ 130,603 bi e importações de US$ 114,886 bi, de janeiro a 17 de julho, segundo o Ministério Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior – MDIC), a pauta de exportação do País é constituída basicamente por commodities e não por produtos industrializados.

Essa volta ao passado também está levando o país para muitos anos atrás em termos de parque industrial. Não tenho dúvida que é um enorme retrocesso e reverter este processo depende única e exclusivamente de uma política de governo eficiente para frear esta viagem pelo túnel do tempo.


Nota do Editor: Miguel Abdo é diretor da Naxentia, empresa especializada em transições críticas, principalmente reestruturação e turnaround.

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