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Opinião
08/08/2011 - 11h26
Consequências geopolíticas do acordo
José Nivaldo Cordeiro
 

É preciso decifrar o enigma que esconde os motivos reais que levaram os membros do Partido Democrata e o próprio Barack Obama a aceitar o acordo na hora derradeira. O default nos EUA traria conseqüências catastróficas para o mundo todo e o meu cenário mais provável é que o dólar seria imediatamente desacreditado como a moeda das trocas internacionais. Impacto de um tsunami sobre o comércio mundial, que poderia regredir, empobrecendo instantaneamente todas as nações. Veríamos multidões de famintos em poucos dias, como aquelas registradas nos memoráveis filmes de Charles Chaplin.

A esquerda dos EUA não quis pagar esse preço. Seu projeto de governo mundial e de redução do poderio da Nação norte-americana prevê passos homeopáticos, não movimentos abruptos. Um gesto tresloucado desses colocaria o país na iminência de uma guerra civil. Não preciso dizer da gravidade da situação.

Houve uma ruptura, com o acordo, que basicamente tem dois pontos: uma mínima margem de elevação de endividamento, que impede na prática a gastança adicional e a realização dos nefastos bailouts, que vimos acontecer nos últimos anos, e a decisão de fazer cortes profundos nas despesas. Significa: o abandono das políticas caras à social-democracia e aos que querem implantar o governo mundial. Em um século de história, desde a virada do século XIX para o século XX, os EUA jamais fizeram essa combinação de políticas. Nenhum governante teve barrado o privilégio de expandir a dívida e, ainda que por momentos tenha havido redução pontual de impostos, o movimento secular tem sido de elevação. O fato cristalino é que tanto o Partido Democrata como o Republicano comungavam de idéias a respeito da gestão da economia, no rumo do socialismo.

O projeto mais óbvio da escalada da dívida e das emissões nos últimos anos era mesmo retirar o dólar como moeda das trocas mundiais, de forma paulatina e controlada, abrindo terreno para uma eventual criação de uma moeda globalizada, o fundamento do futuro governo mundial. Não deu tempo, a crise precipitou os acontecimentos e, pela graça de Deus, de novo e de novo levantou-se uma maioria consciente que abortou essa loucura. Penso que os globalistas, como Clinton e Obama, vão ter que esperar ao menos cinqüenta anos para fazer retornar essas idéias insensatas para o eleitorado norte-americano. Os tempos são dos conservadores.

Os globalistas tiveram seu projeto profundamente prejudicado. Com os conservadores controlando o Estado norte-americano seus planos malograram.

Consertar os estragos dos socialistas, todavia, não será indolor. É provável que a taxa de desemprego cresça e que os “sócios” do Tesouro que perderem suas rendas enfrentarão situação de miséria. Paciência! Colhe-se o que se planta. Isso é necessário para que a economia retome o rumo saudável do Estado mínimo, de incentivo à livre iniciativa, da desregulamentação, do fortalecimento do dólar. É o resgate da responsabilidade individual e do empreendedorismo como fonte do bem estar econômico.

O acordo de Obama foi uma rendição incondicional. Uma capitulação política, que é também uma capitulação ideológica e intelectual. É o triunfo das idéias conservadoras sobre a alienação socialista. O sensacional é que tudo se fez dentro da ordem democrática e ao abrigo das instituições. O requisito essencial foi a consciência cívica do eleitorado norte-americano, que elegeu os imprescindíveis membros do Tea Party, algo que precisa ser sublinhado. É tudo que não temos no Brasil, onde a idiotia esquerdista virou unanimidade.

O fortalecimento do dólar colocará novamente os EUA na sólida liderança do mundo “livre”. Sim, livre se comparado com o totalitarismo chinês e a ossificada esquerdista União Européia, com suas multidões de vagabundos vivendo do trabalho alheio. Notícia melhor não poderíamos ter do cenário mundial.


Nota do Editor: José Nivaldo Cordeiro (www.nivaldocordeiro.net) é executivo, nascido no Ceará. Reside atualmente em São Paulo. Declaradamente liberal, é um respeitado crítico das idéias coletivistas. É um dos mais relevantes articulistas nacionais do momento, escrevendo artigos diários para diversos jornais e sites nacionais. É Diretor da ANL - Associação Nacional de Livrarias.

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