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Opinião
25/08/2011 - 09h00
O jornal de papel, não vai acabar
Dirceu Cardoso Gonçalves
 

O surgimento das novas tecnologias e formatos leva, invariavelmente, à dúvida quanto à sobrevivência das formas anteriores de comunicação. O advento da televisão fez o povo perguntar se acabariam o rádio e o cinema, já que a TV reunia os dois, mas ambos não acabaram. Nos últimos anos, o avanço da internet dá margem à especulação de que, dado sua eficiência, velocidade e “onipresença”, decretaria o fim do quadricentenário jornal de papel e seus similares. (O primeiro jornal do mundo foi o “Relationen”, de Estrasburgo, em 1605.) Mas, se o jornal de papel um dia desaparecer, será mais fácil isso ter ocorrido pela escassez de matéria-prima do que pela concorrência da internet ou de outros meios que ainda estão por vir.

Assim como o velho rádio - que deixou de abrigar os outrora famosos programas de auditório, as novelas e rádio-teatro - e o cinema, que havia em todos os bairros e hoje é mais seletivo, o jornal está se adaptando ao novo status da sociedade e parte deles, por diferentes razões, poderá até trocar o papel pelo meio eletrônico. Isso já ocorreu com o tradicional “Jornal do Brasil”, do Rio de Janeiro. A internet, em vez do voraz destruidor, aos poucos, se transforma em ferramenta eficiente aos veículos tradicionais. O rádio extrapola os limites das ondas de seus transmissores e ganha o mundo através do sistema de “rádio-web”. O cinema deixa o restrito mercado das salas de exibição e ganha, na rede mundial, um potente meio de distribuição. E o jornal caminha na mesma direção do rádio e do cinema, através das edições “on-line”. Muitos deles já se utilizam das modernas ferramentas que permitem colocar na rede a réplica verdadeira do “jornal de papel”.

Como todo meio novo, a internet ainda carece de ajustes. Há que se resolver, por exemplo, o controle dos direitos autorais, a segurança das senhas e a legislação para o seu controle, que tem de ser muito bem elaborada e jamais conter o condão de censura. Essas dificuldades pendentes ainda demandarão muito trabalho dos especialistas, das autoridades e dos usuários, mas não invalidam o grande avanço que o meio proporciona.

No estágio atual, as redes sociais, sites e páginas sem qualquer tradição são céleres ao veicular notícias e outras informações. Mas isso não invalida o consagrado trabalho das empresas jornalísticas e dos jornalistas que também podem utilizar a rapidez do meio para dar a primeira informação de um fato, mas continuam na sua apuração e avaliação do ocorrido para oferecer a informação completa na próxima edição. Aliás, o jornal de papel, há muito tempo, já sofre essa concorrência de celeridade por parte do rádio e da televisão, mas sempre tem sido o fiel da balança, ao oferecer a notícia consolidada. Via de regra, quando sua edição circula, já houve a devida maturação das noticiais e, muitas vezes, a primeira versão é corrigida pela versão verdadeira. Ainda mais: apesar de já existir a chancela eletrônica, a página de jornal, ou seu recorte, ainda é a grande testemunha das notícias e dos atos oficiais, até para fins jurídicos.

Por mais meios de comunicação que surjam, a comunidade sempre estará afeita à informação vinda das publicações reconhecidas, sejam elas dos gigantes nacionais - Estado, Folha, Globo etc. - ou dos regionais que gozam da mesma credibilidade na área onde circulam. Cada dia mais, será irrelevante o formato de chegada ao leitor, se pela internet, rádio, TV, revista ou jornal de papel. O principal valor está na credibilidade da empresa e dos profissionais que produzem a informação...


Nota do Editor: Dirceu Cardoso Gonçalves é tenente da Polícia Militar do Estado de São Paulo e dirigente da ASPOMIL (Associação de Assist. Social dos Policiais Militares de São Paulo).

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