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Opinião
29/08/2011 - 18h13
Com as barbas de molho
Reginaldo Gonçalves
 

Samuel Klein, ex-proprietário das Casas Bahia, deve estar bem preocupado com o desgaste entre Abílio Diniz e o CEO do Grupo Casino, Jean Charles Naouri. Afinal, a crise poderá gerar respingos em sua gestão na grande rede varejista que criou e levou ao sucesso. As notícias que rolam por trás dos bastidores é que deve estar buscando alinhavar uma possível conversa com o CEO do Casino para, numa tentativa de esfriar os ânimos entre a disputa pelo controle do Grupo Pão de Açúcar - onde atualmente Abilio é o CEO -, estabelecer uma situação de menos hostilidade profissional e buscar novas estratégias para fortalecimento dos negócios empresariais.

Entretanto, o papel de intermediário não é motivado somente pela participação conjunta com Abílio nos negócios entre Ponto Frio e Casas Bahia, recentemente fusionadas. Ocorre que, se não houver acordo, a família Klein também poderá deixar de comandar seus negócios através da Super Casas Bahia, ficando apenas com a gestão do patrimônio particular e fora do comércio de eletrodomésticos e do sonho de uma empresa com maior sinergia e melhor administração. Portanto, qualquer deslize poderá, em 2012, mudar o comportamento nacional tanto da linha de supermercados, como das empresas que exploram eletrodomésticos, móveis e outros produtos.

De acordo com o ITR do 1º trimestre de 2011 da empresa Globex Utilidades S.A., se for observada a participação existente no seu capital social, fica claro o que poderá acontecer. Cinquenta e dois porcento são da CBD (Companhia Brasileira de Distribuição) e 47% da Família Klein. Até o 1º trimestre de 2011, a família Diniz participa com 32,81% das ações da CBD e o Casino com 67,14%. Portanto, com essa distribuição, a decisão está na mão do Grupo Casino, e como a maior participação das ações ordinárias é da CBD, o voto em assembleia poderá mudar todos os dirigentes a partir de 2012, inclusive da família Klein.

O que deverá mesmo deixar todos os envolvidos em uma saia justa é que qualquer deslize poderá modificar todo o perfil de gestão do grupo por inteiro. Por isso, se Samuel Klein vai ser um gestor de conflitos de interesse entre Abílio e Naouri é porque já percebeu que poderá ter problemas futuros com a troca de poder.

A fusão frustrada em primeiro momento está gerando dor de cabeça para todos os dirigentes. O que importa é que não respingue essa situação no lado mais fraco da moeda, ou seja, fornecedores e funcionários.


Nota do Editor: Reginaldo Gonçalves é coordenador de Ciências Contábeis da Faculdade Santa Marcelina.

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