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05/09/2011 - 10h22
Um dos casos de bullying em Ubatuba: a outra parte
Enilde dos Santos
 

Senhor Editor,

Na metade do ano passado, minha filha começou a reclamar que estava sendo ofendida por outro aluno. Ela tem 8 anos e o menino tem 9. Achei que era coisa de criança e não dei muita importância. No final do ano letivo, minha filha continuava reclamando, então, fui até a diretora e relatei os acontecidos e a mesma me disse que o aluno tinha alguns distúrbios e que tinha problemas com ele; minha filha relatou a ela que sempre era chamada de GORDA, BALEIA, INHOHA (personagem do Chaves) ROLHA DE POÇO e MONTE DE BANHA. A diretora disse que iria tomar providências; as ofensas pararam por um tempo e tudo andava bem.

No início do ano letivo de 2011, o menino, novamente, começou com as agressões verbais. Voltei a falar com a diretora e ela me disse que não poderia fazer nada. Eu, mãe, disse a ela se poderia fazer alguma terapia com as crianças e marcar uma reunião com as famílias para podermos nos entender, afinal são duas crianças. Ela me disse que a família em questão era difícil de lidar pois o avô da criança não queria conversa.

Em 27/06/2011 aconteceu o que estava previsto: o menino ofendeu minha filha e partiu pra cima dela; cheguei para buscá-la as 11h45 e ela estava machucada. Feito corpo de delito, minha filha estava com hiperemia na mão esquerda e hematoma na perna esquerda (Boletim de Ocorrência 541/2011).

Antes de ir à delegacia, a diretora ouviu minha reclamação, foi até o portão da escola e disse: "NÃO POSSO FAZER NADA. Vá ao Conselho Tutelar, à delegacia e denuncie pois não sei o que fazer. ESTOU DE MÃOS E PÉS ATADOS. Já coloquei o menino no banquinho de castigo, tirei o recreio dele e nada funciona. Não posso fazer nada, eu sou HUMANA, sou de CARNE, por isso quando OUTRAS CRIANÇAS BATEM NELE EU DEIXO ELE APANHAR, depois separo, pra ele VER COMO É BOM APANHAR.”

Haviam outros funcionários na escola e ouviram, mas como você sabe é sigilo total e ninguém fala a verdade, pois se fizer serão punidos.

Fiquei indignada e percebi o porque de tanta raiva do menino contra minha filha: toda vez que era punido ele descontava nela pois achava que ela era culpada. Tenho certeza que a família da criança jamais teve conhecimento desses ocorridos.

No último dia 15/08/2011 minha filha foi novamente agredida. Cheguei na escola pra buscá-la e ela estava ela chorando. Nunca disse que minha filha era santa, pois ela como ele "SÃO CRIANÇAS". Retirei minha filha da escola e a transferi para outra escola e fui acusada que minha filha estava IRREGULAR NA ESCOLA pois moro em outro bairro; só que a diretora se esquece que há na escola muitas crianças também que moram em outros bairros e estudam na mesma escola.

Tenho certeza que as duas crianças são vítimas de uma diretora irresponsável e ditadora pois ela acha que com castigo iria conseguir resolver uma questão de BULLYING.

Volto a dizer: não tenho nada contra a criança nem a família que é tão vítima quanto a minha. Nunca fui chamada na escola porque minha filha agrediu alguém ou foi parar na diretoria. Busquei os meios legais para resolver o problema: CORDENADOR DA OLGA GIL, CORDENADOR DA EDUCAÇÃO, relatei o acontecido e eles disseram que iriam resolver. Tentei falar com o secretário de Educação, mas não consegui. Ameacei de ir à mídia, mas para minha surpresa foi quando recebi uma uma ligação de uma amiga informando que o senhor secretário de Educação havia dado uma entrevista para o jornal Imprensa Livre dizendo que havia acontecido o primeiro caso de bullying na escola e, para surpresa, a diretora da escola deu a entender que tudo começou por culpa da minha filha e por ter problemas familiares ela levou pra escola seus problemas. Realmente minha filha tem um sério problema pois ela sofre de hipertiroidismo, ela tem 8 anos e pesa 64 kg. Conheço a filha que tenho: ela é relaxada com o material, gosta de conversar, mas minha filha nunca foi agressiva e sem educação; é faltosa pois passa por endocrinologista, nutricionista e pediatra. Quanto a diretora não é a pessoa mais indicada pra falar sobre isso.

Liguei pro Imprensa Livre e pedi o direito de resposta pra me defender da matéria do dia 25/08.

Minha indignação é saber que existe uma máfia dentro da Secretaria de Educação. E que a diretora da escola mente ao fazer suas declarações. Nunca houve sequer uma reunião, palestra ou seminário para os pais e alunos com o tema bullying. Esse é um tema que deveria ser discutido em todas as escolas. O secretário mente ao dizer que esse é um caso isolado. Tenho vários depoimentos de outros pais de crianças que sofreram a mesma discriminação que minha filha sofreu.

Precisamos de diretores responsáveis e preparados pra administrar uma escola. Afinal são eles que preparam nossos filhos para a vida acadêmica.

Enilde dos Santos

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