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Opinião
07/09/2011 - 12h12
Nada será como antes, amanhã
Mário Flecha
 

Nenhuma criação humana sobrevive ao teste do tempo sem aceitar a mudança e o fato de que tudo flui e é transitório. Evoluir e criar novas formas é o que nos ensina a natureza e a vida. Tudo que existe, seja sólido ou abstrato, vivo ou inanimado, existe no fluxo da mutação e da geração.

O ser humano e as sociedades têm permanecido ao longo dos tempos em função desta lei natural, à qual tudo está submetido. Aumentamos a chance de sucesso em nossos empreendimentos na vida, e menos penosas são as mudanças, se aceitamos este fato. Grandes corporações, governos, pequenas empresas e indivíduos estão todos submetidos a esta lei.

Dos condicionantes da existência humana o trabalho é pilar essencial. Não há mortal capaz de eliminar a necessidade de produzir o sustento da vida, para si e no conjunto da sociedade, de forma a garantir a existência em bases que a mantém e ampliam. O ser humano em sociedade é a mola propulsora, o motor que faz girar o mundo do social e da economia, e que nos tirou do estágio do animal subjugado pelas forças da natureza, criando o presente estágio avançado do processo civilizatório.

Desta necessidade, que nos impele a produzir bens que a satisfaçam, criamos e inovamos em busca incessante para superar limites impostos pelo que criamos no passado e pela natureza, pois nossos atos geram consequências, e se obtemos o que queremos por um lado, também criamos desafios por outro.

Se nos apegamos ao que um dia funcionou e nos trouxe benefícios, e esperamos ou nos iludimos com a imutabilidade, estamos plantando em nosso destino a semente do infortúnio, pois o mundo inevitavelmente nos cobrará expediente diante da mudança. As mudanças demandam decisão para saber quando agir ou esperar, e paciência para viver o tempo da transição, nem sempre fácil e confortável. Às vezes somos pegos pelos eventos e circunstâncias do destino imprevisível e temos que nos mover para não perecermos e assim criar as condições que nos moverão para diante. O risco é um elemento inevitável da mudança.

Na sociedade da era da informação o elo fundamental são os objetos abstratos, multiplicáveis, e dinâmicos da informação e do conhecimento, que representam os fatos e nos orientam para a ação com vistas a resultados que nos favoreçam. O trabalho humano está mudando radicalmente neste mundo, onde grande parte das atividades produtivas é agora realizada por mecanismos automáticos e adaptáveis a novos contextos. Maior uso de nossos cérebros, aprendizado contínuo e criatividade são os requisitos do trabalho moderno.

O trabalho se torna independente de local e tempo físico para se localizar na virtualidade das redes e na habilidade de prestar serviços a quem quer que seja. A estabilidade do emprego vitalício sendo eliminada pela oferta de serviços onde e quando sejam necessários. Sejam eles providos por indivíduos, pequenas empresas ou corporações. Há necessidade de se falar mais de uma língua e se informar sobre o que ocorre no mundo.

Antigas práticas prevalentes no século 19 estão ainda profundamente enraizadas em nossas crenças e instituições que dão forma às organizações humanas, submetidas a uma intensa pressão do mundo novo que se consolida mais e mais. O resultado deste embate, entre o novo que demanda e o velho que resiste, cria e destrói e se confirma em diferentes eventos da economia globalizada, tal como a mortalidade de empresas e perda de emprego estável, mas também no sucesso dos que se adaptaram numa economia volátil!

Quanto mais rápidas as mudanças, mais adaptáveis e fluidas as organizações e seres humanos precisam ser para que permaneçam e evoluam no fluxo do transitório. Onde estas demandas não são atendidas ocorre o processo de estagnação e decadência, que no devido tempo causa mudanças do tipo que leva organizações a perecer, e à perda de empregos estáveis e formas de existir incompatíveis com o momento. Antecipar e agir para a mudança, recriando-se em novas formas organizacionais é o que demanda o tempo do mundo globalizado.


Nota do Editor: Mário Flecha é consultor especializado em arquitetura corporativa em Edmonton, Alberta, Canadá.

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