Bem feito! Quem mandou o jornal divulgar o nome e a imagem do vereador participante ativo da Farra das Diárias denunciado em reportagem. Taí! Agora foi censurado. Porque não mostraram a falta de calçamento ou as péssimas estradas daquele município, o abandono das escolas ou a ambulancioterapia que despeja os doentes diariamente na capital pela falta do serviço médico? Não! Tinham que fazer reportagem de cursos que não funcionavam, onde os vereadores recebiam o certificado preenchido sem nunca ter assistido uma única aula. Pô! Não foi culpa deles. Fazer o quê? Já que estavam ali... - Vamos aproveitar para fazer turismo. - Que tal levar uns souvenirs? - Não tem esculturas de palhaços? Quero botar no jardim da Câmara para que todos os munícipes vejam minha contribuição. - Como minha mãe sempre dizia: “A justiça tarda mais não falha!”. E não falhou, bem que esta proibição poderia ser estendida a todos os veículos de comunicação do país que divulgam escândalos, denúncias de corrupção e a farra com o dinheiro público. Digam-me. Que mal tem alguém usar um helicóptero da Polícia Militar para uso particular, pegar uma carona em um jatinho de alguma empreiteira ou pedir para alugar uma sala num prédio que tenha uma fachada bonita para instalar um curso que jamais funcionará? Culpar alguém por isso! Só pode ser coisa dos “Arautos da Justiça”. Podem fazer o show pirotécnico que quiserem para os seus leitores, eles já absolveram os candidatos “fichas sujas” para as próximas eleições. Certa vez alguém já disse: “Estou me lixando para opinião pública!” E não é que ele estava certo. Também não adianta querer punir estes probos. Eles são treinados, sabem chorar e negar perante as câmeras, usando o bom nome da família e do país, e tem mais serão absolvidos pelos meus pares. Ou alguém duvida? Sugiro a vocês como pauta para qualquer repórter algo que o povo gosta: “Quem sabe a cor do próximo verão ou quais os times da terceira divisão que vão cair?” Pois o exercício do direito de informar, consagrado na Constituição Federal, esse foi pro brejo! Nota do Editor: Ronaldo José Sindermann (sindermann@terra.com.br) é advogado em Porto Alegre, RS.
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