Morar fora da cidade é um sossego. Abro a janela e além do céu azul, vejo árvores e flores. Ouço o canto dos passarinhos, vejo os cachorros correrem de um lado para outro... Na rua algumas pessoas passam em caminhadas matinais... não tem barulho de carros nem buzinas. Aqui do meu escritório, através da porta aberta enxergo o vaso de gerânios na varanda e mais adiante a jabuticabeira e a primavera florida. É tanto sossego que às vezes nem saio de casa. Ontem foi assim.

Mas hoje de manhã precisei ir ao centro. Passei primeiro na casa de uma amiga para deixar um recado urgente, seu telefone não atendia. Em seguida fui ao meu parquinho de diversão e ao estacionar o carro ali perto, dois ‘guardadores’ me elogiaram.

- A senhora fez a baliza direitinho e rápido, hein? A mulher que saiu agora mesmo dessa vaga demorou um tempão.

(Acho que eles queriam uma gorjeta melhor.) Depois dessa, fiz meus exercícios bem animadinha... Antes de voltar para casa, o de sempre: passei no supermercado!

O mais interessante de tudo, quase ninguém acredita, é que eu gosto de ir ao centro. Gosto de ver as pessoas pelas ruas, cada um a seu modo. E na praça arborizada, moças e rapazes em chamativos modelitos esportivos, óculos escuros, bonezinhos e chapeuzinhos elegantes; senhores e senhoras - sozinhos ou acompanhados de personal trainers - todos caminhando vigorosamente ou, como eu, ‘brincando’ na Academia ao Ar Livre, em cujos aparelhos pode se ver uma discreta plaquinha: para a 3ª idade...