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Opinião
03/10/2011 - 17h01
Banco Central não deve disseminar insegurança
Reginaldo Gonçalves
 

O cenário internacional vem apontando situações críticas relacionadas com o problema dos Estados Unidos, diversos países europeus e asiáticos e o comportamento no mercado brasileiro. Em momentos de crises, os países emergentes que não estão preparados acabam sofrendo um impacto imediato em virtude da dependência de exportação e do próprio turismo. Estamos presenciando o impacto negativo que a Grécia está causando em todo o mundo, pois afeta todos os países que trabalham com o euro.

No Brasil, passamos por uma crise séria em 2008/2009, mas que não foi tão sentida em virtude da estabilidade econômica que apresentávamos e, com isso, houve pequenos problemas que foram solucionados de maneira que não tivesse impacto na inflação e no câmbio.

A crise agora tem outros atores e, com isso, a globalização acaba por gerar um problema mais sério e que precisa de pulso firme para que lideranças possam ajustar os mecanismos e não ter um reflexo significativo na economia doméstica. A majoração da taxa de dólar, a intervenção do Banco Central (BC) e os reflexos na economia dos problemas no mercado externo poderão ser sentidos de maneira imediata nos índices inflacionários, a começar pelo fato de os produtos que importamos encarecerem a cesta básica consumida pela população de menor renda.

Uma das políticas da presidenta Dilma para controlar a inflação refere-se à Petrobras, no sentido de que não majore os combustíveis. Isso, contudo, inviabiliza novos investimentos da empresa no mercado competitivo. Como uma alternativa de negócios, a CIDE (Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico) foi reduzida em um patamar de R$ 0,04 por litro de gasolina, para que o consumidor não seja penalizado e não haja grandes perdas das empresas que importam o produto, como a Petrobras, já que o Brasil não é autossuficiente em sua produção. Pensar em autossuficiência a partir do Pré-Sal é inviável no curto prazo.

Em virtude de toda essa conjuntura, o BC, que trabalhava com uma inflação de 4,5% com teto de mais 2%, já esta efetuando novas análises e aceita a possibilidade de que o teto de 6,5% seja ultrapassado, justificando o cenário internacional não previsto dentro de suas estatísticas. A preocupação elementar, além do aumento da inflação, é que, com a previsão da redução do PIB que, poderá haver uma aceleração do desemprego em período no qual, tecnicamente, há um aquecimento do comércio, relativo às festas natalinas e de passagem de ano.

O que precisa haver é um pouco mais de cautela do governo e BC no momento de colocar esses dados. Não se deve provocar insegurança em momento inoportuno, criando o risco de um processo de recessão com escalada inflacionária.


Nota do Editor: Reginaldo Gonçalves é coordenador do curso de Ciências Contábeis da Faculdade Santa Marcelina.

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